A diretora-geral do Trabalho da Guiné-Bissau, Assucenia Seidi Donate defendeu hoje que o novo Código do Trabalho vem combater a precariedade laboral no país, mas também garantir o investimento privado.
A Guiné-Bissau tem desde julho passado um Código do Trabalho que veio substituir a Lei Geral do Trabalho que já vigorava desde 1986.
Nos últimos dias, o Ministério da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social da Guiné-Bissau tem estado a divulgar o Código do Trabalho, tendo reunido, em Bissau, num atelier, grandes empregadores, juristas, bancos entre outras entidades.
Para a diretora-geral do Trabalho, "embora não seja nunca" interesse do legislador despedir um trabalhador, com o Código do Trabalho "ficou mais claro" em que condição pode ocorrer a cessação de vínculo laboral.
"O legislador aí evidenciou em que situações em que (o empregador) o pode fazer e como colmatar situações de despedimentos ilícitos. Muitas das vezes víamos empresas que aproveitavam a mão-de-obra dos trabalhadores de uma forma temporária criando assim a precariedade para esses trabalhadores", afirmou Assucenia Donate, em declarações à Lusa.
A diretora-geral do Trabalho enaltece o facto de o novo Código vincar o fim de contratos sem termo.
"O legislador aqui definiu que critérios é que a empresa deve respeitar tanto na altura da contratação como na altura, eventualmente, da cessação do vínculo laboral, mas não há contratos sem termos, sem qualquer balizamento entre o interesse do empregador e o interesse do trabalhador", sublinhou Donate.
A responsável não tem dúvidas de que o Código do Trabalho irá, por outro lado, fomentar o investimento privado na Guiné-Bissau e ainda destacou o facto de o instrumento prever a contratação de estudantes, que, disse, não podem ser vistos como estagiários.
Conosaba/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário