O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Guiné-Bissau, José Gijon, afirmou hoje que espera negociar um programa financeiro com o país para os próximos três anos.
"Estamos aqui para explicar o objetivo da visita do FMI que é a negociação de um programa financeiro com a Guiné-Bissau para os próximos anos", disse José Gijon numa declaração no final de um encontro com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
O chefe da missão do FMI afirmou que as discussões estão a decorrer e espera que "terminem com um bom resultado no princípio da próxima semana".
"O que nós queremos fazer é manter um quadro económico no país que apoie o seu desenvolvimento", acrescentou.
Uma missão do FMI iniciou no passado dia 08 contactos com as autoridades da Guiné-Bissau para analisar a situação económica e as condições para negociar um programa financeiro.
A primeira parte da missão realizou-se de forma virtual e a segunda parte, presencial, teve início na segunda-feira e vai decorrer até à próxima terça-feira.
O FMI anunciou em junho que iria retomar brevemente a assistência financeira à Guiné-Bissau no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado e destacou no âmbito das consultas do artigo IV que a gestão orçamental sustentável é uma "prioridade" e que a consolidação orçamental deve continuar em 2022 para "conter o elevado risco" de aumento da dívida pública.
No mais recente relatório sobre as Previsões Económicas Mundiais, divulgado em outubro, o FMI prevê para 2022 na Guiné-Bissau um crescimento económico de 3,8% e de 4,5% em 2023.
Conosaba/Lusa
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