Os alunos do liceu nacional Kwame N'Krumah ameaçam realizar marchas exigindo que o Ministério da Educação crie estratégias concretas para a reabilitação “urgente” deste que é o maior liceu público do país.
A ameaça dos alunos feita, hoje, em entrevista só à RSM, pela presidente da sua associação na sequencia da decisão do governo em suspender as aulas no liceu e de avaliar os alunos apenas por 2 trimestres estudados.
Única Imaedí Mango disse que a marcha será realizada para pressionar o governo a reabilitar a escola em ruína sendo que é o beneficiário da maior parte da receita de propina paga por mais de 5 mil alunos.
“Pretendemos fazer uma marcha contra o Ministério da Educação. Não podem tomar 40 por cento das receitas e nada fazerem para a reabilitação da escola”, sustenta.
Única disse ainda que esta situação está a colocar em causa o seu futuro sendo que no próximo ano letivo a maioria dos alunos poderá ficar sem estudar tendo em conta as palavras dos diretor da escola que avisa que a maioria das salas não tem condições desejadas e exigidas.
Para pressionar uma tomada de medida concreta, os alunos querem que os pais e encarregados de educação se unam nesta batalha.
“As vezes as nossas vozes não são ouvidas, mas queremos que seja criado um fórum onde os nossos pais e encarregados da educação sentem e pensem na alterativa para esta situação”, pedem os alunos.
Durante uma reportagem no liceu Kwame N'Krumah, esta segunda-feira, uma fonte contou-nos que no mês passado um teto desabou em plena aula e um dos alunos teve susto enorme e acabou por desmaiar.
Única disse que esta situação é perigosa porque “quando o teto desabou o aluno assustou-se e teve desmaios”.
Na segunda-feira, a RSM esteve mais uma vez no liceu nacional Kwame N'Krumah e confirmou que as portas estavam fechadas e as aulas suspensas porque as salas de aulas estão em ruína e os tetos estavam a desabar. Esta medida, segundo o diretor da escola, é tomada como precaução porque os alunos corriam risco de vida.
Perante esta situação, a RSM tentou mas não conseguiu falar com algum responsável do Ministério da Educação mas, o chefe do gabinete do ministro cessante disse que já realizam uma visita à escola e confirmaram que realmente a escola não estava em condições. Ele disse que foi feito levantamento para aquisição dos fundos mas, até agora não receberam alguma resposta do ministério das finanças.
Em entrevista à RSM, o diretor do Liceu, Idrissa Cassamá, disse que a obra é orçada em mais de 315 milhões de francos cfa mas também ainda esperam pelo aval do ministério para o início das obras mas “não sabemos se a obra vai começar ou se será finalizada até ao inicio do próximo ano letivo”.
Por: Turé da Silva / Rádio Sol Mansi com Conosaba do Porto
Imagem: Turé da Silva
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