quarta-feira, 30 de abril de 2025

PRS AFIRMA QUE “ACORDO DE PARIS” ENTRE API-CABAS GARANDI E PAI TERRA RANKA NÃO TERÁ IMPACTO POLÍTICO


O vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Augusto Cabi, da ala liderada por Félix Blutna Nandungue, afirmou esta quarta-feira, 30 de abril de 2025, que o acordo rubricado em Paris entre as duas coligações PAI Terra-Ranka e API-Cabaz Garandi não existe, como também não terá impacto no cenário político guineense, porque as pessoas que rubricaram o acordo foram aquele país europeu simplesmente para passear.

Augusto Cabi falava numa conferência de imprensa, realizada na sede daquela formação política, na qual disse que alguns dirigentes políticos estão a dar fuga para frente, pensando que podem resolver os problemas do estado, sem no entanto resolver o problema familiar, isso é impossível. Adiantou que os líderes que participaram naquele encontro de Paris, França, foram atrás de 6 bilhões de franco CFA roubados pelo governo anterior da Coligação PAI Terra Ranka, a fim de tentar saber como podem conseguir recuperar aquele dinheiro, mas parece que não conseguiram, prova disso não regressaram em conjunto.

O dirigente daquela formação política, assegurou que a situação política da Guiné-Bissau deve ser resolvida no país e não no estrangeiro, como também um acordo político entre partidos e coligações em qualquer parte do mundo não sesobrepõe a vontade popular. Sendo assim, o PRS não está preocupado com a assinatura e o que lhe interessa é convencer o povo guineense nas próximas eleições que se avizinham. Augusto Cabi lembrou que no passado, aquela formação política rubricou um acordo com a coligação PAI Terra-Ranka, mas o único beneficiário daquele acordo é o Fernando Dias da Costa que conseguiu posto de primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular e restantes elementos do governo pertencentes ao partido foram nomeados como ministros, mas dentro daquele ministério, PAI terra-Ranka nomeia diretores gerais de serviços e conselho de administração, isso não pode continuar no PRS, de maneira que a atual direcção liderada por Felix Nandungue quer garantir aos dirigentes do acordo de Paris que o segundo mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, está feito e confirmado.

Sobre o processo de reconciliação que está a ser levado a cabono seio da família dos renovadores, Augusto Cabi disse que a direcção liderado por Félix Nandungue pautou para que haja uma reconciliação entre irmãos do mesmo partido, sentandosnuma mesa para conversar, tornando numa única família rumo a vitória eleitoral, mas algumas pessoas da outra ala estão a jogar de maneira confusa. Acrescentou que o processo de reconciliação iniciou-se na casa de um alto dirigente do país, mas como sabem que ex-presidente interino do PRS, Fernando Dias da Costa não é sério, fez uma proposta de dois co-presidentes do partido, mas a ala de Nandungue apresentou uma contraproposta em como é preciso que haja um presidente e um vice-presidente, sendo que não se pode negociar com quem perdeu a guerra, mas sim é imposta a ordem, sendo assim não houve consenso até neste momento.

Por seu lado, o Vice-presidente do PRS, Roberto Metcha, disse que o Partido da Renovação Social é único que conseguiu resistir à tempestade do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, através da sua táctica de eliminação dos partidos políticos existentes na altura. Acrescentou que após desaparecimento físico do antigo presidente daquela formação política, Alberto Nambeia, realizaram um congresso no qual Félix Blutna Nandungue foi vencedor e a partir do momento que assumiu a direcção, tinha consciência clara que a disputa interna no seio do partido precisava de um diálogo e decidiu lançar o processo de diálogo, através de uma carta dirigida ao Fernando Dias da Costa para que haja um diálogo interno e prova disso, resultou na criação de duas comissões a fim de trabalhar para que o diálogo interno se consumasse, sendo assim estranharam a fuga em frente da atual direção de Fernando Dias, passando de aliança para aliança, sem se dignar concluir o processo de reconciliação.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb.

Sem comentários:

Enviar um comentário