O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, acusou esta quinta-feira, 17 de Abril de 2025, a Liga Guineense dos Direitos Humanos( LGDH) de transformar-se num partido político.
Sissoco Embaló desafiou, neste particular, o Procurador-Geral da República a analisar a escritura e o objeto dessa organização defensora dos direitos humanos, para ver se está a cumprir a sua missão ou não, caso contrário será extinguida.
Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas à saída da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, realizada no Palácio do Governo.
O presidente da República afirmou que o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos deve sair do esconderijo e ir responder à justiça.
“Fez uma denúncia e deve ser ouvido para provar ou confirmar a sua declaração”, desafiou, para de seguida afirmar que a partir de agora qualquer pessoa que fizer declarações sem provas será notificada para responder à justiça.
Para o chefe de Estado, a forma como Bubacar está a dirigir aquela instituição não está correta.
“A LGDH tem a vocação de proteger e defender os direitos humanos, mas a forma como Bubacar Turé está a dirigir a instituição não é correta. É meu irmão mais novo, um jovem promissor e muito próximo a mim. As suas declarações revelam uma dose de complexidade que tem.Foi muito infeliz, porque apenas fez teatro”, assinalou.
Assegurou que as declarações Bubacar Turé não serão tratadas fora do quadro legal e “se acontecer, pode recorrer à justiça”
“Não tem outra saída a não ser responder à justiça. Por ser um jurista tem vantagens. Recorrer às ONGs e às Confederações não vai resolver o seu problema. Deve ir à justiça para ser ouvido e, se merecer ser julgado e condenado, deverá arcar com as consequências e se não for o caso será absolvido”, sublinhou.
Instado a pronunciar-se sobre extradição para os EUA de quatro cidadãos estrangeiros condenados a penas de 17 anos de prisão por tráfico de drogas, para os Estados Unidos de América, Umaro Sissoco Embaló disse que a Guiné-Bissau decidiu extraditá-los a pedido do governo dos Estados Unidos da América e porque também o país não dispõe de prisões apropriadas e de alta segurança para mantê-los presos na Guiné -Bissau.
“Infelizmente um deles morreu, razão pela qual o executivo tomou essa medida de extraditar os quatro condenados em colaboração com Estados Unidos América. Outro motivo é mostrar às pessoas que o país deixou de ser o narcoestado e qualquer pessoa que for apanhada com droga, mesmo sendo um guineense será levado para países com prisões desegurança máxima nas prisões”, avisou.
Umaro Sissoco Embaló informou que DEA – um órgão federal de segurança do Departamento de Justiça dos Estados Unidos encarregado de repressão e controlo de narcóticos, não tem vocação nem mandato para prender alguém, muito menos o Presidente da República, isso em alusão aos rumores que apontavam que DEA estaria no país para prendê-lo.
Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb
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