O Movimento Djius di Aós, uma organização de filhos e amigos das zonas insulares da Guiné-Bissau, Arquipélago dos Bijagós, criticou a passividade e o silêncio das autoridades nacionais perante o que considera “atitude repudiável” dos responsáveis do navio Centenário Amílcar Cabral, que decidiram superlotar o navio de lotação de 600 pessoas para mais de duas mil almas na sexta-feira, 18 de abril.
Em nota divulgada na sua rede social no Facebook, a organização expressou a sua profunda preocupação face à “situação alarmante”, que ocorreu no Centenário de Amílcar Cabral na sua viagem de sexta-feira, 18 de abril, com destino à ilha de Bubaque, tendo exigido o cumprimento rigoroso da lotação máxima permitida para navios e embarcações.
O Movimento Djius de Aós exigiu, na altura, a disponibilização de meios de emergência (vedetas e contactos institucionais acessíveis), para acompanhar a situação em eventuais casos semelhantes, o reforço do número de carreiras durante períodos de maior procura, de modo a evitar situações de sobrelotação.
A responsabilização pública dos responsáveis do navio e/ou pela embarcação das pessoas “por esta grave negligência”, figura como uma das exigências, associadas à segurança marítima, que ” não pode continuar a ser tratada com leviandade”.
“A vida dos cidadãos deve estar acima de qualquer interesse económico ou político” , pode ler-se na nota, que os dirigentes relataram que o navio ultrapassou, “de forma escandalosa”, a sua capacidade máxima de passageiros (de ditos 600 lugares), para o número estimado em mais de duas mil pessoas, colocando em risco, “de forma gratuita”, a vida de centenas de cidadãos.
O Movimento informou que, para além da sobrelotação, mais de 100 passageiros, que possuíam bilhetes válidos, terão ficado em terra, impedidos de embarcar, por falta de espaço.
Perante esta situação, o Movimento responsabiliza o Estado da Guiné-Bissau, através das autoridades marítimas, do Ministério dos Transportes e das administrações responsáveis por qualquer dano que venha a ocorrer, seja à integridade física dos passageiros, seja à segurança das embarcações.
Entretanto, contactado este sábado 19 de abril, pelo jornal O Democrata, não só por causa desta situação, como também de toda a operação de Páscoa e medidas de responsabilização que serão tomadas, o presidente do Instituto Marítimo e Portuário disse que apenas falará no balanço, de uma operação que nem a imprensa sabe como começou.
Por: Filomeno Sambú
Conosaba/odemocratagb
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