O ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, acusou esta segunda-feira,28 de abril, o líder da Coligação PAI Terra Ranka, Domingos Simões Pereira e antigo Primeiro-ministro, Aristides Gomes, de terem rubricado um acordo em França com o objetivo de afastar o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló do poder.
“Essa intenção só pode ser um sonho, porque não pode acontecer no meio das forças de segurança do país”, afirmou Botche Candé, numa reunião realizada no Ministério do Interior com as forças de segurança, nomeadamente Guarda nacional, Polícia de Ordem Pública e Proteção Civil.
O governante avisou os responsáveis das forças de segurança a não colaborarem com os políticos para criar a desordem na Guiné-Bissau e atribuiu a responsabilidade aos responsáveis das forças de segurança para garantirem a paz, a tranquilidade e não permitir golpes de estado no país.
“Tenho consciência de tudo que estou a falar. Não estou a falar aqui como um político, mas como ministro do Interior e da Ordem Pública. Domingos Simões Pereira e Aristides Gomes são nossos irmãos, mas o acordo que rubricaram em França para afastar Umaro Sissoco Embaló do poder, um presidente que está a construir o país, só poderá ser um sonho, porque em nenhum momento permitiremos que isso aconteça aqui na Guiné-Bissau”, sublinhou.
Botche Candé defendeu que é preciso que as pessoas façam política na base de verdade, não criar desordens no país, porque” o Ministério do Interior não pode permitir que isso aconteça”.
Exortou, neste particular, os responsáveis das forças de segurança para garantirem a ordem e qualquer político que criar constrangimentos será responsabilizado pelos seus atos, porque “o povo guineense está farto de problemas”.
“Quem roubou seis biliões no país, não pode ir para frança mobilizar outros políticos para complicar o país, isso não vai acontecer. Se a pessoa quer complicar-se que se complique”, frisou.
O titular da pasta do Ministério do Interior e da Ordem Pública informou que ninguém receberá sem, no entanto, trabalhar.
Desfiou o Secretário de Estado da Ordem Pública, José Carlos Macedo Monteiro, a convocar todos antigos responsáveis daquela instituição para voltarem ao ministério para trabalhar, deixando de participar nas tentativas de golpes de estado.
“Tudo o que estou a falar aqui tenho provas disso. Quem sabe daqui a 20 anos posso ser chamado para justificar no tribunal o que estou a dizer agora. Como é possível um brigadeiro general e um capitão ficarem em casa para entrar em contacto com os políticos, andar nos quartéis para mobilizar as pessoas para fazer golpe de estado. Isso acabou, toda gente a partir de agora deve apresentar-se cada dia no Ministério do Interior. Quem não quer pode entregar a farda, porque não é normal continuarmos a ter nas estruturas militares ou nas forças de segurança pessoas que ainda pensam dessa forma, colaborar com os políticos para complicar o país”, sublinhou.
Botche Candé assegurou que nenhum elemento da Guarda Nacional e da Polícia da Ordem Pública deve comparar a atuação do Ministério do Interior com as outras instituições do estado civil, por não terem a mesma missão.
Acrescentou que o Ministério do Interior não pode ter 5 mil agentes integrados no ministério e ficarem sem funções ou lugares para trabalharem, mas recebem dinheiro do Estado.
“Isso não pode continuar e toda gente deve trabalhar para garantir segurança ao povo guineense, que tanto precisa”, afirmou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb.
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