Por um partido forte, reconciliado e pronto para servir a Guiné-Bissau
Em tempos de crise interna, é comum que as emoções falem mais alto que a razão. No entanto, quando decisões políticas são tomadas com base em ressentimentos pessoais, os erros tornam-se não apenas previsíveis, mas também prejudiciais a toda uma estrutura construída com esforço e sacrifício.
O MADEM-G15 vive hoje um desses momentos decisivos. Foram feitas avaliações erradas, escolhas motivadas por mágoas, e o resultado foi o enfraquecimento do nosso projeto coletivo. Não podemos permitir que tais aberrações se repitam. Como quadros e militantes conscientes, temos o dever de romper com esse ciclo de conflitos e divisões.
Animosidade e ressentimento são venenos silenciosos. Distorcem os fatos, criam fantasmas e semeiam a desconfiança. E é nesse contexto que precisamos, com coragem, fazer uma pergunta fundamental: Que tipo de MADEM-G15 queremos construir? Um partido fragmentado, refém de disputas internas, ou uma força política coesa, madura e pronta para liderar o país?
A resposta parece evidente. No entanto, a prática política exige mais do que boas intenções — exige atitudes. A iniciativa de reconciliação liderada pelo nosso Coordenador Nacional, Braima Camará, representa exatamente isso: um gesto de grandeza e responsabilidade, que deve ser acolhido com maturidade por todos os que verdadeiramente se preocupam com o futuro do partido.
O espírito do Grupo dos 15 precisa ser recuperado. Aquele sentimento de coragem, fraternidade e compromisso que nos uniu na origem do MADEM-G15 ainda vive em cada militante que acredita na mudança, na justiça e na construção de uma Guiné-Bissau melhor.
Sim, sabemos que há quem resista. Aqueles que se alimentam da discórdia, que vivem da intriga e prosperam no caos político, veem na reconciliação uma ameaça real aos seus interesses. Eles nada têm a oferecer. O seu único projeto é a desunião. E é justamente por isso que a nossa união os assusta — porque representa o fim do ciclo da manipulação e o início da consolidação de um poder político centrado no povo.
Por isso, deixamos um apelo direto e urgente: é hora de refletir com responsabilidade. É tempo de deixar para trás o egoísmo e abrir espaço para a reconstrução coletiva. Remediar é sempre mais difícil do que prevenir. Nunca é tarde para reconsiderar erros, desde que se tenha a coragem de reconhecê-los.
O MADEM-G15 tem uma missão que ultrapassa qualquer ambição pessoal. Estamos destinados a caminhar juntos, porque só assim teremos legitimidade para continuar a servir a Guiné-Bissau.
A história nos observa. E o futuro nos julgará pelas decisões que tomarmos hoje.
Bem haja a todos.
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