As comunidades guineenses de vários países europeus manifestam este sábado no centro de Paris, capital francesa, para denunciar o "golpe constitucional" e as violações dos direitos humanos na Guiné-Bissau.
"Abaixo Sissoco! Abaixo Botche Candé!" é um dos slogans ouvidos na manifestação que a diáspora guineense de França, Luxemburgo e Suíça realiza este sábado 19 de Abril em Paris.
Uma centena de cidadãos bissau-guineenses marcharam pelas ruas no centro da capital francesa, com cartazes e equipamentos sonoros para fazer ouvir as suas mensagens, em francês para que as suas mensagens se façam ouvir até onde for possível.
"As autoridades francesas têm que saber que o ministro do Interior [da Guiné-Bissau] está implicado em redes de crime organizado e tráfico de droga, que tem como destino a Europa!", exclama alto e bom som um dos organizadores da manifestação.
Num ambiente pacífico, caminharam desde a Praça da República até à Praça Joachim du Bellay, ao som dos Super Mama Djombo e ecoando frases como "Viva a Guiné-Bissau! Viva a Liberdade".
Abdoulaye Keita, Presidente da Comissão política sectorial do PAIGC na Suíça, viajou até Paris, e referiu-se ao caso do jurista e defensor dos direitos humanos Bubacar Turé, insistindo que não é a primeira vez que se assiste a "casos de perseguição", recordando que já houve "casos de espancamento, de sequestros e até de agressão a tiro de deputados", como foi o caso de Agnelo Regalla.
Razão pela qual diz "temer pela segurança de [Bubacar turé]", explica o representante da comunidade guineense na Suíça.
No local, os manifestantes exigem a "libertação dos presos políticos" e condenam "o silêncio e a cumplicidade da CEDEAO".
Um deles, Francisco de Sousa Graça, recorda a ausência de comunicado da CEDEAO, depois de uma delegação da organização ter permanecido em Bissau para mediar o conflito em torno da data das eleições, antes de ser expulsa do país pelo chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló.
Por RFI
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