As coligações políticas da Guiné-Bissau, API-CABAS GARANDI e PAI-TERRA RANKA, manifestaram estranheza e preocupação com o convite feito a Umaro Sissoco Embaló para participar das celebrações do Dia Nacional do Senegal, comemorado em 4 de abril. Em nota, os grupos políticos expressaram apreço pela data senegalesa, que celebra a liberdade e os direitos individuais, mas criticaram a presença do ex-presidente guineense nas festividades.
Segundo as coligações, o mandato de Umaro Sissoco Embaló expirou em 27 de fevereiro e, conforme a Constituição da Guiné-Bissau, ele não possui mais legitimidade nem qualquer distinção protocolar para representar o povo guineense. "Trata-se de uma situação provocada voluntariamente pelo próprio, com objetivos políticos e para o amordaçamento das instituições da República", afirmam.
A nota alerta ainda para os riscos de uma eventual legitimação internacional de alguém que, segundo os signatários, ignora a vontade popular e os princípios constitucionais da Guiné-Bissau. Também denunciam uma tentativa de prorrogar um mandato inexistente, encobrir a expulsão de uma missão da CEDEAO e adiar indefinidamente as eleições no país.
As coligações encerram o comunicado apelando à liderança senegalesa para que atue em consonância com os valores democráticos e constitucionais que caracterizam o Senegal e que sirva de exemplo para a África.
RSM: 04 04 2025
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