domingo, 27 de março de 2022

Caso 1 de fevereiro: SISSOCO AFIRMA QUE PESSOAS QUE ATACARAM PALÁCIO DO GOVERNO NÃO SÃO BONS MILITARES

 


O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que não foi atacado por militares, frisando que em todas as sociedades há pessoas más, acrescentando que os que atacaram o Palácio do Governo, no dia 01 de fevereiro, não são bons militares.

“As pessoas que assaltaram o Palácio do Governo para atacar o Presidente da República não são bons militares. Será que ouviram que alguma unidade militar chegou a revoltar-se para atacar o comandante supremo? Não! Viram alguns chefes militares a juntarem-se aos assaltantes? Não! Portanto, a sociedade não deve julgar os nossos militares”, disse.

Embaló falava este domingo, 27 de março de 2022, durante a cerimónia da entrega de instrumentos musicais à banda musical das forças armadas, “NôPintcha”.

A cerimónia decorreu no pátio do Palácio da República e contou com a presença do ministro da defesa nacional, General Sandji Fati, membros do Gabinete do Presidente da República, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biague Na N’Tan e algumas chefias militares.

O chefe de Estado disse que as forças armadas têm uma enorme responsabilidade, não havendo, por isso, espaço para ódio, porque as forças armadas são republicanas.

“Qual é o problema na Guiné-Bissau ao ponto de pegar em armas para matarmos uns aos outros!? O que justifica isso tudo… Não chegamos ao Palácio, porque matamos alguém, não. Para assumirmos essa função, ganhamos a eleição. Quando ganhamos a eleição, passamos a ocupar o cargo e ser o comandante supremo”, enfatizou.

Lembrou que deixou o uniforme militar para fazer política, acrescentando que criou um partido para fazer a política e conseguiu ganhar a eleição.

“A partir de agora, o militar que não presta no quartel vai para a casa. A transferência acabou. Quem tiver merecimento e a capacidade é que estará ao nosso lado, portanto esta é a diretiva que vai ser cumprida”.

Recordou que, no caso 01 de fevereiro, perderam irmãos que tinham como profissão proteger o Presidente da República.

“Essas pessoas são como meus filhos. Não podem imaginar a dor que estou a sentir! Às pessoas que não querem compreender essa situação, pedimos a Deus que lhes perdoe”, assegurou, apelando aos guineenses para renunciarem à cultura da violência.

Embaló lembrou que acabou a campanha eleitoral e que todos devem unir esforços para construir a Guiné-Bissau, reafirmando que quem ama o seu país nunca fala mal dele.

Sobre a banda musical das forças armadas “Nô Pintcha”, recordou que tinha prometido ao seu comandante que faria tudo para reerguê-la.
“A Guiné-Bissau, a nível da sub-região, tem maior número de mulheres na banda de música das forças armadas, o que demonstra que respeitamos o género nas forças armadas” assegurou, para de seguida avançar que a banda terá a oportunidade de tocar, um dia, num dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) numa das datas de celebração de qualquer desses países.

Por: Assana Sambú

Conosaba/odemocratagb

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