quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Preservação florestal/”Prevemos retirar 13 mil troncos de madeiras nos sectores de Mansabá e Farim”, diz Adjunto Comandante do BPNA

 

Bissau,21 Jan 21(ANG) – O Adjunto Comandante da Brigada de Proteção da Natureza e Ambiente(BPNA), afirmou que previram retirar cerca de 13 mil troncos de madeiras cortadas ilegalmente nas matas de Mansabá e Farim, na região de Oio, norte do país.

Em declarações à imprensa sobre a forma como decorre os trabalhos de retirada das madeiras das matas daquela localidade, Bacar Djaló afirmou que, de acordo com as previsões, só irão estar na altura de fazer o balanço, no final da primeira fase que terá a duração de duas semanas, de forma a avaliar o ritmo dos trabalhos.

Adiantou que, têm a plena consciência de que não será um processo fácil, tendo em conta que as madeiras não estão concentradas num sitio, acrescentando que antes fazem buscas nas matas, para depois  passar para a fase de recolha.

Disse que, no início, foram os próprios denunciantes que prestaram informações, durante a fase do levantamento das madeiras cortadas, onde cada qual declarou a quantidade que tem  e a zona onde se encontra, frisando que por último deixaram de colaborar porque entenderam que correrão o risco de serem confiscados os troncos.

Bacar Djaló salientou que, sendo assim são obrigados a entrar em contacto directos com a população nas tabancas para detectar os troncos escondidos nas matas.

Perguntado se os cortes feitos são recentes ou não, aquele responsável sublinhou que foram realizadas entre os anos 2014 à 2020, ou seja foi um processo contínuo e que nunca chegou de parar  porque escapou o controlo da Direcção Geral das Florestas e cada qual actua de forma que entender na sua zona.

Questionado sobre as penalizações para os autores de corte ilegal de madeiras, disse que até o momento nada foi definido nesse sentido, frisando contudo que, no final da recolha cada qual deve apresentar os documentos de autorização de cortes junto a Comissão Interministerial.

Para Sene Dabó, Régulo da povoação de Bricama, sector de Farim, região de Oio, norte do país, disse que praticam as cortes de madeiras para compensar as carências
com que depara os populares daquela vila.

Informou que, a título de exemplo que a tabanca de Bricama dispõe de uma escola mas que não tem professor há mais de 15 anos, acrescentou por isso que, querem uma contrapartida do governo antes de levarem os troncos.

Conosaba/ANG/ÂC

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