quarta-feira, 20 de novembro de 2019

GUINÉ-BISSAU: MADEM G-15 ALEGA QUE NÃO ACEITARÁ RESULTADOS ELEITORAIS “FABRICADO” PELO EXECUTIVO

O líder do Movimento para a Alternância Democrática da Guiné-Bissau (Madem-G15), Braima Camará, alertou à Comunidade Internacional, nomeadamente o P5, que o seu partido não aceitará qualquer resultado das eleições presidenciais “fabricado” pelo Primeiro-Ministro guineense, Aristides Gomes, para eleger Domingos Simões Pereira como Chefe de Estado, no dia 24 de novembro próximo.

“Na qualidade do líder da oposição guineense, vamos alertar à Comunidade Internacional, o chamado P5 e ao governo, na pessoa do chefe do governo, que vai organizar as eleições presidenciais, que o nosso partido nao aceitará qualquer tentativas de fraude eleitoral para eleger o candidato do PAIGC, Domingos Simões Pereira”, argumentou Braima Camara.

Camará falava esta terça-feira, 19 de novembro de 2019, à margem da cerimónia da apresentação do manifesto eleitoral do candidato apoio pelo Madem G-15, Umaro Sissoco Embaló, num dos hotéis da capital Bissau.

Perante centenas de apoiantes do partido, Braima Camará exigiu a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a respeitar as leis eleitorais em vigor no país, com vista a fixação das listas dos potenciais eleitores do dia 24 de novembro.

Segundo líder do Madem G-15, houve um encontro no Ministério do Interior com a presença do presidente da CNE, José Pedro Sambú, com intuito de fabricar boletins de votos com vista a alargar mesas eleitoras no dia das eleições presidenciais.

Durante a sua explanação, Braima Camara afirma que o seu partido está vigilante e espera que seja utilizado os mesmos cadernos eleitorais das legislativas no dia 24 de novembro.

Na sua longa intervenção, tanto o candidato às presidenciais, Umaro Sissoco Embaló, como o líder do partido fizeram duras críticas ao Primeiro-Ministro, Aristides Gomes e Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

De referir que no mês passado, a CNE anunciou que os cadernos eleitorais utilizados nas legislativas de 10 de Março são os que vão ser usados nas eleições presidenciais, marcadas para 24 de Novembro.

A decisão foi tomada numa reunião do plenário da CNE, que tinha como um dos pontos de agenda a adoção do caderno eleitoral em conformidade com a recomendação da comunidade internacional.

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais em 24 de Novembro e a segunda volta, caso seja necessária, está marcada para 29 de Dezembro.

Por: AC

Sem comentários:

Enviar um comentário