quinta-feira, 19 de setembro de 2019

«MENHÉR MENHÉR DAS GROSSAS» EM GREVE: TRABALHADORES ABORTAM SESSÃO PARLAMENTAR PARA DISCUSSÃO DO PROGRAMA DO GOVERNO

A sessão parlamentar extraordinária convocada para esta quinta-feira, 19 de setembro de 2019, pela Mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP), foi abortada pelo sindicato dos trabalhadores parlamentares em greve de dez (10) dias iniciada na passada segunda-feira, 16 de setembro e que decorre até o próximo dia 27 do mês em curso.
O Sindicato dos Funcionários parlamentares da Guiné-Bissau (SINFUP)exige, entre outros pontos, o pagamento de dois meses (julho e agosto) de salários em atraso, a melhoria das condições de trabalho, a reativação do transporte dos funcionários há muito tempo inoperante, a assistência médica e medicamentosa, a regularização da situação dos trabalhadores com a idade de reforma (descontos e aposentação) e a implementação e execução  do Estatuto de Carreira dos funcionários parlamentares.
A paralisação abrange também os serviços da Comissão Nacional de Eleições, o Conselho Nacional de Comunicação Social e a Inspeção Nacional de Luta Contra a Corrupção e vem, segundo o sindicato, do incumprimento dos acordos assinados, em novembro de 2018, com o patronato relativamente aos pontos em reivindicação.
Na sua declaração aos jornalistas, Abel Augusto Tchuda, presidente da Comissão Negocial, disse desconhecer as razões que originaram a falta de luz eléctrica no dia em que a sessão parlamentar extraordinária teria lugar para discutir o programa do governo, uma vez que desde o início da greve, na segunda-feira, havia sempre fornecimento da luz à ANP.
“Aliás, o fornecimento da luz eléctrica à Assembleia Nacional Popular é um serviço prestado pelos terceiros. Portanto, não sabemos e desde início da paralisação, temos prestado serviço mínimo, mas os trabalhadores em greve não são responsáveis nem parte daquele departamento, porque até às 16 horas de ontem (quarta-feira) havia luz eléctrica”, indicou Abel Tchuda.
PRIMEIRO-MINISTRO ABANDONA ANP POR FALTA DE CONDIÇÕES PARA APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA
Horas antes do fim da reunião da Comissão Permanente da ANP, convocada com carácter de urgência, para analisar a situação, primeiro-ministro, Aristides Gomes, disse que decidiu abandonar a sede da ANP porque percebeu que as condições para discussão do documento não estavam reunidas.
Porém, assegurou que o governo está aberto para uma nova conversa com o líder do hemiciclo guineense, Cipriano Cassamá, para marcar a nova data, conforme o regimento da ANP. Conduto, o que Aristides Gomes não esclareceu à imprensa tem a ver com as condições que o próprio disse que não estavam reunidas e que o terá levado a abandonar a sede da ANP.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S

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