terça-feira, 24 de setembro de 2019

46 ANOS DA INDEPENDÊNCIA E COMBATENTES AINDA SOFREM DE MISÉRIA E ANGÚSTIA


46 Anos da independência da Guiné-Bissau com o a hastear da bandeira em 1972 nas colinas de Boé. O hastear do sonho, da liberdade da esperança de todo um povo para uma vida melhor e de grandes realizações, depois duma luta armada de 11 anos iniciada em janeiro e 1963.

Uma das motivações do recurso a arma foi o massacre de pindjiguiti que vitimou mortalmente dezenas de trabalhadores de porto de Bissau que reclamava o salario justo.

São quarenta e seis anos passados e quarenta e seis anos da reflexão, se realmente valia a pena a luta contra a colonia portuguesa que originou a perda de vida de muitos nacionais que fez da Guiné-Bissau a primeira colónia portuguesa no continente africano a ter a independência reconhecida por Portugal.

Com base na ideia de Cabral na luta pela independência da Guiné, na década 60 e 70, que motivou a criação de outros movimentos libertadores como MPLA de angola e FRELIMO em Moçambique provocando o aumento da pressão das Nações Unidades aos colonos pela autonomia e emancipação dos povos sob domínio europeia.

Pouco antes de ser assassinado em Conacri, Amílcar Lopes Cabral fundador da nacionalidade guineense e cabo-verdiana no seu discurso em janeiro de 1973, fala do papel da ANP e duma perspectiva da melhoria da economia do novo Estado que iria ser fundado com a proclamação da independência.

Em 24 de Setembro de 1973, o sonho de Amílcar Cabral se realiza com a proclama da independência na unanimidade pelos deputados da primeira Assembleia nacional popular em Lugadjol nas colinas de Boé pelo jovem comandante João bernardo vieira.

É com esta voz e ambiente que Nino Vieira, presidente da primeira Assembleia Nacional Popular proclamou a independência da Guiné-Bissau nas matas de Colinas de Boé

O país com apoios internacionais começou a dar sinais positivos de desenvolvimento com a criação de fábricas e unidades de transformação e empregos, apesar da não existência de quadros suficientes. Uma situação travada com o primeiro conflito político-militar em 1980 com o golpe militar liderado pelo comandante João Bernardo Vieira o autor da proclamação da independência da Guiné-Bissau. Em 1998 o país viveu o conflito militar de 11 meses que teve como consequência o início da desestabilização do Estado e a abertura de novos golpes de estado e conflitos politico militar.

A morte do chefe do levantamento do conflito e 7 de Junho, Ansumane Mané, em 2004,1 e 2 Março de 2009 foram as datas dos assassinatos do então Presidente da República, João Bernardo Vieira, e o chefe de Estado-Maior das forças armadas, Tagme na Waié.

Em 12 de Abril de 2012 o país conheceu o novo sobressalto militar na segunda volta das presidências entre o Carlos Gomes júnior apoiado pelo PAIGC e Cumba Iala apoiado pelo PRS que levou ao Asilo do Cadogo.

HISTORIADOR

Em entrevista à Rádio Sol Mansi (RSM), o historiador guineense, João Paulo Pinto Có, disse que as falhas cometidas depois da independência que levou ao estagnar do processo de desenvolvimento do país.

COMBATENTES ESQUECIDOS

Para alguns guerrilheiros da luta armada pela independência valia a pena a luta mas como a situação esta a ser gerido agora é lamentável. Uma das vozes críticas da situação é o ex-primeiro-ministro Manuel Saturnino da Costa, veterano da guerra da independência. 

Outra voz critica sobre a situação em que se encontra os Combatentes da Liberdade da Pátria é Ndey Darame, que segundo ela, combatentes estão a sofrer de miséria e angustia.

Outra preocupação registada é dos populares de Boé, sector onde foi proclamada a independência da Guiné-Bissau, está totalmente abandonada, estes reclama a situação do abandono e de isolamento que este local se encontra

POLITÓLOGO

Para o politólogo, Rui Jorge Semedo, do ponto de vista político não há entendimento até agora dando exemplo da nona legislatura.

46 Anos de sucessivos governos, que desde a sua abertura política não chegaram ao fim e com as legislaturas com a excepção do último que teve 7 primeiros-ministros e uma paragem de mais de 3 anos da Assembleia nacional popular. Também, a primeira vez que um Presidente da República chega ao fim do seu mandato

O país continua em sobressaltos políticos com mais uma interrogação sobre o novo governo e as eleições presidências que se aproximam.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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