Soldados da infantaria francesa no Chade. AFP PHOTO / PASCAL GUYOT
O exército francês devolveu, esta quinta-feira, a sua última base militar no Sahel, ao exército do Chade. A informação foi confirmada por fontes militares dos dois países.
É o fim da presença militar francesa na região do Sahel e, de forma mais geral, o fim da influência de França nesta região de África. O campo de Kossei, último reduto francês no Chade, foi entregue, esta quinta-feira, ao país. Os soldados franceses e também o equipamento militar foram transferidos para França, deu conta o porta-voz do Estado-Maior do Exército francês, o coronel Guillaum Vernet, em Paris.
Foi no final de novembro de 2022 que o Chade, onde permaneciam estacionados mil militares franceses, anunciou a sua decisão de romper os acordos militares firmados com França. O país chegou a ter até 5 mil soldados no Chade, como parte da operação Barkhane, que terminou no final de 2022 e tinha como objectivo combater o jihadismo na região, principalmente os grupos Al-Qaeda e Estado Islâmico.
Anos antes desta retirada, as relações entre França e alguns países do Sahel tornaram-se tensas, com vários governos locais a alegar que França não estava a ser eficiente na contenção do terrorismo, acusando ainda o país de interferir na soberania nacional destes países.
Desde 2022, quatro outras antigas colónias francesas (o Níger, o Mali, a República Centro-Africana e o Burkina Faso) ordenaram que Paris retirasse o seu exército destes respectivos países.
Conosaba/rfi.fr/pt/
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