quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

51 ANOS DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA COMBATENTES CONTINUAM A RECLAMAR PELAS MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA


O porta-voz do grupo dos Combatentes da Liberdade da Pátria condecorado nesta quinta-feira convida o governo a envidar esforços em relação à situação de abandono e nas condições precárias em que vive a maioria dos veteranos da luta armada.
“Vocês governantes evidenciam esforços, não nos deixam abandonados, maioria dos nossos colegas estão no abandona, por favor estou vós a implorar não quer alongar muito mas, a situação é triste e, nós [Combatentes] cumprimos com a nossa missão [de conquistar a independência], portanto não nos deixam por trás, nós também é guineenses”, aclama Francisco Djata, após a condecoração de cerca de 70 veteranos de guerras, na sua maioria homens realizada pelo chefe do governo, nas instalações do Ministério dos Combatentes da Liberdade da Pátria em Bissau.

Francisco Djata diz que os Combatentes da Liberdade da Pátria não devem continuar a ser ingrediente político no período da campanha eleitoral.

“Não fazem os Combatentes como ingrediente político no período da campanha eleitoral, porque neste perito todos são os nossos defensores e isso, não pode continuar”.

Há muito que os Combatentes da Liberdade da Pátria reclamam uma pensão condigna e uma vida melhor, mas passados 51 anos da independência, as queixas ainda são apresentadas e a crescer.

O próprio ministro que tutela a pasta, Ali Hijazi, igualmente Combatente da Liberdade da Pátria, manifestou a sua preocupação em relação às dificuldades em que a maioria dos veteranos da guerra da independência vive.

“Não podia deixar de manifestar a preocupação relativamente às dificuldades em que vivem a maioria dos Combatentes da Liberdade da Pátria, tenho conhecimento que muitas tentativas foram feitas no passado e não resultaram em benefício dos nossos combatentes, há pois que tirar as ilações dos erros e falhas cometidas para que se possam encontrar soluções palpáveis”.

Não existem informações oficiais sobre o número de Combatentes da Liberdade da Pátria ainda vivo, mas promessas dos sucessivos Governos não faltam para a melhoria das suas condições de vida.

O Chefe do Governo, Rui Duarte Barros, admitiu na cerimónia de condecoração dos veteranos da guerra, que a luta pela liberdade pela justiça social continuam vivas nas ações diárias.

“Povo guineense, a luta pela liberdade e pela justiça social continuam vivas em nossas ações diárias. Hoje enfrentamos desafios diferentes dos de [Amílcar] Cabral e os seus camaradas de luta mas, o espírito que ele nos deixou na guia para construir um futuro promissor para todos que seja uma data que resistirá a renovar os nossos compromissos com ideias dos nossos Combatentes da Liberdade da Pátria”.

O dia 23 de janeiro de 1963 marcou o início da luta armada para a independência da Guiné-Bissau, com o ataque ao aquartelamento de Tite, no sul do país. Hoje, completam-se 62 anos do início da luta armada.

Texto & Imagem: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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