O Presidente norte-americano, Donald Trump, propôs a transferência de residentes da Faixa de Gaza para o Egipto e para a Jordânia, no âmbito de um plano de paz para "limpar” o território palestiniano, onde a trégua entre Israel e o Hamas entrou este domingo, 26 de Janeiro, na segunda semana.
Após 15 meses de guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas, a 7 de outubro de 2023, chefe de Estado norte-americano comparou, ontem à noite, o território de Gaza a um "local de demolição".
Donald Trump disse ter falado com o rei Abdullah II da Jordânia sobre a situação, acrescentando que faria o mesmo neste domingo com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
Em declarações aos jornalistas, a bordo do avião Air Force One, o Presidente norte-americano referiu que alguma coisa precisa de ser feita, com os cerca de 1, 5 milhões de habitantes da faixa de Gaza, usando mesmo a expressão "limpar"o território palestiniano, que ao longo dos anos tem vivido muitos conflitos.
"Estamos a falar de 1,5 milhões de pessoas, e estamos apenas a limpar. Sabem, ao longo dos séculos, este lugar tem visto muitos conflitos. E não sei, algo tem de acontecer”, explicou.
Donald Trump acrescentou que preferia envolver-se com algumas nações árabes e construir habitações noutro lugar, onde talvez pudessem viver em paz pelo menos uma vez, sublinhado que a deslocação dos residentes de Gaza pode ser "temporária ou de longo prazo".
A intensificação da guerra entre Israel e o Hamas, que começou em Outubro de 2023 após um ataque do grupo ao território israelita, deixou a Faixa de Gaza em ruínas após a. Desde então, o conflito fez mais de 40 mil mortos, provocando uma crise humanitária sem precedentes na região, com milhares de deslocados.
Tiros israelitas fazem mortos no sul do Líbano
O exército israelita disparou fogo contra centenas de residentes do sul do Líbano neste domingo, 26 de Janeiro, que tentavam regressar às aldeias. Segundo o Ministério libanês da Saúde "os ataques do inimigo israelita contra cidadãos, que tentavam regressar às suas aldeias ainda sob ocupação, fizeram onze mortos, incluindo um soldado do exército libanês e duas mulheres, além de 83 feridos".
Israel acusa o Hamas
Israel acusa o Hamas de duas violações do acordo de tréguas, justificando a recusa em permitir que as pessoas deslocadas no sul da Faixa de Gaza regressem ao norte.
O gabinete do Primeiro-Ministro israelita denunciou que Arbel Yehuda, uma mulher civil cuja libertação Israel exigiu no sábado, "não foi libertada e a lista do estatuto" dos reféns - vivos ou mortos - "não foi apresentada" pelo movimento palestiniano.
Por: RFI com AFP
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