sábado, 25 de janeiro de 2025

Alberto Neto: "Os angolanos estão lá", a combater pela Rússia contra a Ucrânia.




O envolvimento de militares angolanos a combater pela Rússia contra a Ucrânia, a ideia Pan-africanista de unir Angola e RDC para fazer um único país ou a ausência de democracia em Angola, são alguns temas abordados por Alberto Neto na entrevista à RFI.

António Alberto Neto foi membro do Bureau Político e do Comité Central do MPLA, e é o autor da bandeira do partido de onde saiu em 1973 em protesto contra "a formação de uma elite de corruptos e radicais".

Antes de abandonar o partido, foi nomeado pelo Presidente Agostinho Neto, seu tio, como representante do MPLA nos países nórdicos.

Missão durante a qual conseguiu apoios importantes para a luta dos movimentos de libertação nas ex-colónias portuguesas. Após o 25 de Abril de 1974 regressa a Luanda. Foi o primeiro decano da Faculdade de Direito da Universidade de Angola. Mas, no fim de 1975 foi exonerado e proibido de dar aulas ou exercer cargos de chefia.

Em 1991 fundou o Partido Democrático Angolano (PDA). Concorreu às eleições presidenciais de 1992 e foi o 3º candidato mais votado, mas o partido foi, entretanto, ilegalizado. Por ser abertamente averso ao sistema de partido único, foi preso em diferentes períodos da história angolana.

Aos 81 anos de idade, Alberto Neto olha a câmara fotográfica, levanta o punho, faz o "V" de vitória e continua a luta pela democracia em Angola.
 
Por: Luís Guita
Conosaba/rfi.fr/pt

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