segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Agente da FIFA: “GUINÉ-BISSAU VAI CONTINUAR A SER UM PAÍS PRIMORDIAL DO MEU MERCADO FUTEBOLÍSTICO”


O antigo futebolista guineense Dário Daniel Gomes, radicado em Portugal há vários anos, obteve licença profissional de agente credenciado pela FIFA (organismo que tutela futebol mundial) recentemente para agenciamento dos futebolistas para o mercado internacional e garante que a Guiné-Bissau vai continuar a ser um país “primordial” do mercado futebolístico enquanto empresário de futebol.

Na prova que decorreu no mês de novembro de 2024 e quereuniu mais de 500 inscrições de pessoas por todo o mundo, incluindo o empresário nacional, Dário Daniel Gomes foi selecionado para o numero restrito de 20 agentes FIFA.

Com a sua credencial da FIFA, Dário Daniel Gomes pode negociar a transferência internacional de jogadores, bem como agenciar futebolistas.

A informação foi transmitida à seção desportiva do Jornal O Democrata, na terça-feira, 21 de janeiro de 2025, pelo próprio agente da FIFA, durante uma entrevista telefónica a partir de Portugal, na qual lembrou que a Guiné-Bissau é um país que dispõe de muitos talentos futebolísticos com qualidade para inserir no mercado internacional.

“A Guiné-Bissau vai continuar a ser um país primordial do meu mercado futebolístico ou para qualquer agente FIFA guineense, porque temos futebolistas com talentos, temos qualidades e muitas das vezes o que falta nos nossos atletas é a educação, o moral e princípios. Mas o meu país será sempre o ponto primordial no mercado de trazer ou transferir jogadores para o mercado europeu”, declarou Daniel Gomes.

“As academias do país devem continuar a ser organizados e sinto-me orgulhoso de estar agora a ajudar a Academia de Futebol da Guiné-Bissau “MEPA”, porque já está a receber omecanismo de solidariedade da transferência de Marciano Tchami de Leixões para Almería e penso que vai ainda receber mais fundos se o Marciano no final da presente época desportiva, o seu clube agora Real Betis exercer a cláusula da compra fixada em três milhões de euros”, disse.

Satisfeito por conseguir entrar numa lista restrita dos empresários guineenses com licença da FIFA, Gomes mostrou-se totalmente aberto para continuar a trabalhar e colaborar com diferentes academias no país, mas alertou os responsáveis que é fundamental inscreverem os jovens futebolistas nacionais no programa do sistema TMS da FIFA, que tem como função efetuar todos os registos das transações e dos intermediários envolvidos nas transferências dejogadores.

“As academias devem organizar-se da melhor forma, mas precisam do apoio de Estado e do apoio da própria Federação de Futebol do país (FFGB) no sentido de poderem registar os seus jogadores neste sistema da TMS da FIFA e na base desta inscrição vão evitar erros cometidos no passado pelos empresários no processo da transferência de jogadores para o mercado europeu”, alertou o agente FIFA.

Neste sentido, o empresário guineense prometeu ajudar as academias nacionais, transmitindo os seus conhecimentos sobre os seus direitos e deveres no processo das transferências de jogadores para o futebol europeu futuramente.

Para além de Dário Daniel Gomes, a Guiné-Bissau tem outros nomes que conseguiram a licença de agente FIFA, com destaque para Cátio Baldé, Adilé Sebastiao, Eusébio Mango entre outros nomes.

Antes de conseguir a obtenção da licença de agente FIFA, Dário Daniel Gomes conseguiu colocar vários jovens futebolistas guineenses no mercado internacional, com ajuda dos seus parceiros ligados ao futebol. Entre os vários nomes que o agente FIFA colocou no mercado internacional destaque para Marciano Tchami e Nito Gomes. Ambos jogadores já vestiram a camisola da seleção nacional.

De salientar que a FIFA possui um regulamento que prevê uma percentagem em todas as transferências internacionais de um atleta que tenha ganhado a contribuição de um determinado clube ao longo de sua formação profissional. Ou seja, o clube deve ser ressarcido.

Essa lei é chamada “Mecanismo de Solidariedade” e prevê que 5% do valor da transferência deve ser destinado a todos os clubes envolvidos na formação desse jogador, sem importar o tempo em que ele ficou em determinado clube. A diferença está apenas no cálculo.

Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb

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