O Diretor-Geral de Administração Pública e Poder Local, Abulai Indjai, exortou à empresa chinesa “GMG Internacional (FZC) SA”, que explora a mina de areias pesadas em Varela, no sentido de se engajar no cumprimento da sua responsabilidade social com sinais positivos para o bem-estar da comunidade de Varela, frisando que a empresa deve engajar-se igualmente na reabilitação das infraestruturas escolares e melhorar o troço que liga a aldeia de Varela à cidade de São Domingos.
Este responsável fez esta exortação na sua declaração aos jornalistas, esta quarta-feira, 22 de janeiro de 2025, depois de uma reunião mantida com os comités de tabanca de diferentes aldeias que constituem aquela zona de exploração da mina de areias pesadas, realizada na aldeia de Varela Iale, juntamente com os representantes da empresa chinesa detentora da licença de exploração da mina de areias pesadas naquela localidade e também das autoridades setoriais e regionais.
A reunião visa informar a comunidade local do início dos trabalhos da exploração da mina pela empresa, bem como exortar à empresa, na presença da comunidade, a cumprir os engajamentos sociais assumidos na assinatura do contrato, que é a reabilitação das infraestruturas escolares e melhorar o troço daquela zona para facilitar a circulação de viaturas.
A empresa “GMG INTERNACIONAL (FZC) SA” faz parte de um consórcio chinês que detém a licença de exploração de areias pesadas no bloco 12 situado em Nhiquim, em Varela, na Secção de Suzana, setor de São Domingos, região de Cacheu, no norte da Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau, de acordo com os estudos feitos, terá no bloco 12 em Nhiquim, mais de 80 mil toneladas de areias pesadas.
Os derivados das areias pesadas como o Zircónio podem ser usados nas indústrias nuclear, química e eletrônica, bem como na construção civil.
Na sua declaração à imprensa, o diretor-geral de Administração Pública e Poder Local convidou a população local a fiscalizar e acompanhar de perto a empresa no cumprimento dos engajamentos sociais assumidos para o bem-estar daquela comunidade.
Garantiu, neste particular, que o governo vai trabalhar para que os recursos obtidos na exploração de areias pesadas sejam também investidos para o desenvolvimento e o bem-estar da população daquela zona.
“As pessoas que devem sentir primeiro o impacto dessa exploração é a própria comunidade de Varela”, insistiu.
Sobre os buracos abertos para a exploração da mina, Indjai tranquilizou a comunidade que todos os buracos abertos serão fechados pela empresa.
O diretor geral de Administração Pública e Poder Local pediu à empresa a levar qualquer cidadão que quer conhecer o local onde está a ser explorada a areia pesada, de forma a acabar com quaisquer dúvidas ou especulações concernentes à questão da exploração deste mineiro.
Por sua vez, a Governadora da Região de Cacheu, Honorina Vasconcelos, pediu à comunidade no sentido de solicitar bolsas de estudos para os seus filhos, “porque tendo os filhos desta zona formados e sobretudo na área de mina ajudará a população local a defender os seus direitos”.
Apelou os comités a fazerem chegar as informações e recomendações saídas da reunião junto dos anciãos, de forma a ultrapassar o problema ou desentendimento que se regista em relação à exploração de areias pesadas de Varela.
Para o Comitê de Cassolol, Apolinário Sanhá, é importante que haja sempre o diálogo e reuniões frequentes entre a comunidade, governo e a empresa que explora aquele mineiro, no sentido de ouvir a preocupação das populações locais e também informá-las dos trabalhos do início ou não da exploração deste recurso, como forma de ultrapassar o desentendimento registado entre as partes.
Salienta-se que a preocupação levantada pelos Comités de tabancas deve-se à falta de informações e o envolvimento da comunidade local nos trabalhos da exploração de areias pesadas.
Por: Carolina Djeme
Conosaba/odemocratagb
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