O presidente da Câmara do Comércio Indústria, Agricultura e Serviços, Mama Samba Embaló, admitiu que a organização do setor privado tem muita responsabilidade no processo de comercialização da castanha de cajú, devido a uma parceria existente entre o setor público e o privado.
Mama Samba Embaló, que falava esta quarta-feira, 3 de abril de 2024, numa reunião realizada nas instalações da CCIAS, depois da assinatura do acordo com uma delegação das alfândegas da República Popular da China, afirmou que a parceria visa ajudar os produtores a minimizar o seu sofrimento e, consequentemente, aumentar a economia do país para poderem conseguir resultados satisfatórios e almejados.
Preocupado com o clima de crises internas entre as lideranças políticas e nos partidos políticos, Mama Samba Embaló pediu-os que tenham contenção durante este período de comercialização e exportação da castanha de cajú. Informou que a delegação das alfândegas da República Popular da China está no país, graças à assinatura de um memorando de entendimento entre a CCIAS e as empresas chinesas.
Assegurou aos jornalistas que o preço de trezentos francos CFA anunciado pelo executivo vai ser cumprido, alertando que não será permitido aos produtores nacionais venderem o produto aos países vizinhos, porque “no ano passado o país perdeu cento e sessenta e dois mil toneladas da castanha de cajú a favor do Senegal”.
Lembrou que, no âmbito de várias medidas tomadas à volta da comercialização da castanha de cajú, o governo produziu um despacho conjunto, envolvendo os Ministérios do Interior e da Ordem Pública e do Comércio e Indústria que proíbe a venda da castanha de cajú nos países vizinhos, porque “quem for apanhado a fazê-lo ser-lhe-á confiscado todo seu produto”.
“Não é admissível trocar dois sacos de castanhas de cajúpor um saco de arroz. É uma exploração contra os produtores”, defendeu e apelou aos produtores a cuidarem-se e tratar bem os seus produtos, as castanhas, secá-las bem antes de serem guardadas nos respetivos sacos.
Por seu lado, o Vice-presidente da Associação Nacional de Agricultores, Corca Djaló, desafiou os produtores a venderem as suas castanhas ao preço estipulado pelo governo, embora tenha reconhecido que estão a braços com fome e sofrimento.
“Os produtores devem denunciar pessoas ou compradores que pretendem violar as medidas e o preço base anunciado pelo governo em Conselho de Ministros. Se deixarem alguém comprar as vossas castanhas na calada da noite, será da vossa inteira responsabilidadeʺ, avisou.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb
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