O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, convocou os guineenses para uma “resistência” e irem à luta para enfrentar o seu destino de “pé, sem rodeios nem hesitações”.
“Esta é a minha convocação, do povo guineense em geral, dos militantes e simpatizantes em particular, para a nossa resistência. Depois de alertar a toda a diáspora e o conjunto da Comunidade Internacional, tendo ativado as instâncias judiciais internacionais, temos de ir à luta e enfrentar o nosso destino de pé, sem rodeios nem hesitações”, escreveu o presidente do partido libertador na sua página na rede social (Facebook).
Domingos Simões Pereira denuncia que há intenção de provocar o bloqueio do PAIGC e “acabar” com o partido para silenciar o passado e apagar a história, avisando que esta é uma condição que não pode “negociar nem tolerar”.
“O último episódio tem a ver com esta minha interdição de viagem. Pela segunda vez consecutiva e desta vez, desde o dia 16 de dezembro passado. Com a simples menção verbal de “ordens superiores” voltei a ser impedido de embarcar, pondo em causa a convivência da família no período de festas, o tratamento médico que já tinha agendado, compromissos Académicos e políticos. Sendo para todos muito clara a intenção de provocar o bloqueio do PAIGC, aliás intenção publicamente expressa de “acabar” com este partido para silenciar o passado e apagar a história, esta é uma condição que não podemos negociar nem tolerar” insistiu Simões Pereira.
Aproveitou a sua página para anunciar que amanhã [sexta-feira] vai fazer mais uma tentativa de embarque exibindo todos os documentos que comprovam a não existência de qualquer restrição à sua liberdade de circulação, nomeadamente, o seu passaporte diplomático, o cartão de deputado da nação e a “exigência de me apresentarem as provas de qualquer dispositivo legal que contrarie isso”.
“São elementos de prova para a batalha que então se inicia, mas que teremos logo de prosseguir no plano político. Se ainda impedido de ir tratar de outros assuntos no estrangeiro, convoco a nação guineense a me acompanhar” disse, detalhando que quer calcorrear de seguida, visitando a todos os que queiram lhe receber, em todos os bairros da capital, para constatar e denunciar todos os desmandos que lhes estão a consumir e alertar a todos, sobretudo aos que se vão deixando adormecer, para a necessidade de “acordarmos e alertar todos os nossos irmãos e camaradas”.
O líder do PAIGC lembrou que prometeu nunca comprometer a paz e a tranquilidade do país, tendo prometido continuar a dar o seu melhor nesse sentido, contudo, disse ter assumido sempre não entregar os seus direitos e liberdades, em troca de seja o que for.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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