quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

ATUAIS AUTORIDADES SEM VOCAÇÃO PARA GOVERNAR O PAÍS, diz Baciro Djá

O antigo primeiro-ministro igualmente líder da FREPASNA (Frente Patriótica de Salvação Nacional) acusou, esta quarta-feira, as atuais autoridades governativas de não terem a vocação e nem vontade de governar o país.

“Na vida é preciso ter a vocação, não só a vontade e sobretudo estar preparado, e acho que ficou claro que mais de que nunca que a classe que está a gerir o país neste momento, não está preparada e nem tem vocação ou ambição do país. As que estão a governar não têm nenhum objetivo em termos de visão estratégica do desenvolvimento do país, a única visão que eles têm é de interesse de grupo ou das pessoas, não do país”, acusa Baciro Dja em declaração aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, proveniente da América do Sul onde nos últimos três meses permaneceu em contacto com as autoridades governativas daquele continente sobre o mecanismo utilizado para terem auto-suficiência alimentar.

O político e ex-governante acredita que no próximo embate eleitoral, o povo lhe dará confiança para fazer parte da arena governativa do país.

“Acreditamos que esta vez, o povo vai- dar a confiança ao a FREPASNA, porque nós acreditamos que não há nenhum partido sozinho com a situação em está o país, capaz de governar e nós da FREPASNA vamos procurar todos os guineense com a capacidade governativa para em conjunto tirarmos o país na situação em que se encontra porque caso contrário, vamos correr o risco de ter um estado falhado e isso é grave, sobretudo, com a interesse geopolítico estratégico que pendem sobre a Guiné-Bissau, é preciso termos uma classe política preparado sobretudo com o sentido de Estado”, disse.

O regresso do líder da FREPASNA ao país acontece exatamente 1 ano depois do ataque ao palácio do governo, que resultou na morte de 11 pessoas e vários feridos segundo o governo, mas até então não foram revelados o relatório final do ocorrido e não obstante alguns civis e militares foram presos e continuam nas celas.

Para Baciro Dja é bom que seja apurados os responsáveis e traduzidos à justiça sem perseguição, acrescentando que o episódio foi uma agressividade violenta.

“ achamos que não pode existir a perseguição, tem que ser apurado os atores de ato mas não para uma justiça seletiva ou encomendada. A postura dos dirigentes também deve ser apaziguador” diz adiantando que “ o ato de primeiro de fevereiro foi violenta e ativa, portanto, todo tipo de agressividade é condenável e achamos que quem está diante tem que ter uma responsabilidade política mas sobretudo com uma perspectiva pedagógica”.

Em relação à retirada dos dias 23 de janeiro, data do início da luta de libertação nacional e 03 de agosto, em que se recorda de massacre de Pindjiguiti, nos dias de feriados nacionais, Baciro Dja, avisa que “qualquer pessoa que queira subtrair a história do país, não vai ter o espaço aqui, porque é um atentado contra a soberania nacional”.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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