domingo, 14 de julho de 2024

Pesadelo sem fim. Espanha 'despedaça' Inglaterra e é campeã europeia

Numa final disputada em Berlim e com três belos golos, os espanhóis fizeram história e tornaram-se a seleção com mais títulos de campeã da Europa. Ingleses voltam a ver o primeiro título a escapar-se entre os dedos.

Festa espanhola em Berlim e um sofrimento inglês que se volta a repetir. A seleção de Espanha sagrou-se, este domingo, campeã europeia de futebol, vencendo a congénere de Inglaterra, por 2-1, na final do Euro'2024, que decorreu no Estádio Olímpico de Berlim.

Depois de uma primeira parte sem golos na capital alemã, uma entrada de rompante da La Roja na etapa complementar culminou com uma jogada coletiva de encher o olho e um golo de Nico Willians, um dos destaques espanhóis nesta competição.

Mas Inglaterra lutou para alcançar história. Palmer saltou do banco para empatar a partida e relançar o jogo para os minutos finais. Ainda assim, Luis de la Fuente foi também ele buscar aos suplentes o antídoto para a vitória final. Oyarzabal apareceu à boca da baliza e fez o 2-1 para nuestros hermanos perto do apito final.

Espanha fez história com a conquista inédita de um quarto título de campeão europeu, ao passo que os ingleses viram fugir entre os dedos o primeiro ceptro, já depois de terem perdido a final contra Itália há cerca de três anos no Euro'2020.

Filme do jogo

Dado que a vitória num Campeonato da Europa é uma conquista de equipa, é redutor olhar apenas para dois jogadores. Mas temos de nos perguntar: O que seria de Espanha neste Euro'2024 sem Lamine Yamal e Nico Williams? Foi nos pés destes dois irreverentes jovens que a seleção espanhola trilhou o caminho cem por cento vitorioso rumo a este quarto título de campeão europeu, que se junta aos de 1964, 2008 e 2012.

A final da 17.ª edição de um Campeonato da Europa, que contou com arbitragem do árbitro mais jovem de sempre nestes jogos decisivos, começou com um pedaço de história. Um dia depois de completar 17 anos de idade, Yamal fez capicua com o número de edições de Euros e tornou-se no mais jovem de sempre a jogar finais desta competição.

Esperava-se um encontro de emoções fortes, mas a primeira parte do duelo em Berlim não nos trouxe isso. A Espanha chega ao intervalo a liderar na posse de bola, mas não foi capaz de traduzir em golos essa superioridade. A boa organização defensiva inglesa deu frutos e até foi dos britânicos a ocasião de maior perigo na etapa inicial. Já em período de compensação, Phil Foden atirou para defesa tranquila de Unai Simón, após um livre lateral.

Espanha trouxe outra cara do intervalo. Rodri ficou no banco de suplentes após apresentar algumas limitações físicas, mas nem a ausência de um dos mais influentes jogadores dos espanhóis na segunda parte retirou poder de fogo aos homens de Luis de la Fuente. Foram precisos apenas dois minutos no segundo tempo para se iniciar a festa espanhola. E quem mais poderia estar na origem do golo se não a dupla Lamine-Nico? Numa grande jogada coletiva, que começou na defesa, Carvajal entrega a Yamal, o criativo espanhol bailou pelo meio campo inglês e entregou na esquerda a Nico Williams, que, de primeira, rematou sem hipóteses de defesa para Jordan Pickford.

Golos do banco para um lado e para o outro

Este golo a abrir a segunda parte lançou Espanha para um início de segunda parte recheado de ocasiões para aumentar a contagem. Dani Olmo poderia ter assinado o 2-0 logo depois, com um remate ao lado (49′). Os espanhóis iam dominando sem permitir qualquer reação a Inglaterra e Stones fez um corte 'in extremis' que tirou o golo a Morata.

À procura de mexer com a partida, Gareth Southgate, numa movimentação surpreendente, tentou repetir o truque da meia-final contra os Países Baixos ao trocar Harry Kane por Ollie Watkins. De imediato, Jude Bellingham testou a atenção de Unai Simón com um remate que passou perto do poste espanhol (64').

Num 'tika-taka' de substituições, Luis de la Fuente trocou Morata por Oyarzabal, com Southgate a responder com a entrada de Cole Palmer para o lugar de Mainoo. E a aposta do selecionador inglês não podia ter sido mais certeira. Saka desequilibrou na direita e abriu para Jude Bellingham. O médio inglês descobriu um espaço à entrada da área e apareceu Cole Palmer. Com um remate em jeito e muito colocado, o britânico relançou a final (73').

Espanha reagiu bem ao golo do empate, com Yamal a ficar perto do golo com um remate em jeito que Pickford defendeu (82'). A pressão da La Roja manteve-se elevada e o golo da vitória surgiu perto do fim. Cucurella, uma das surpresas espanholas neste Euro'2024, apareceu a cruzar desde a esquerda onde Oyarzabal foi letal e assinou o 2-1 (86'). Olmo, que tinha estado no início da jogada do golo do médio da Real Sociedad, foi crucial já nos últimos instantes, evitando o golo de Guéhi em cima da linha (90'). A história estava feita.

A formação espanhola, que também conta no seu palmarés com o Mundial'2010, tornou-se campeã europeia 12 anos depois da última vez e isolou-se na liderança do ranking dos campeões europeus, deixando para trás a tricampeã Alemanha (1972, 1980 e 1996). Do lado inglês, a 'saga' negativa continua. Inglaterra perdeu a segunda final europeia de forma consecutiva, três anos depois do desaire contra Itália.

Conosaba/noticiasaominuto.

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