O Primeiro-ministro Ousmane Sonko durante a divulgação da composição do novo Governo, em Dacar, a 5 de Abril de 2024. AFP - -
No Senegal, três dias depois da tomada de posse do Presidente Bassirou Diomaye Faye, o Primeiro-ministro e ex-opositor Ousmane Sonko tornou pública a composição do novo governo, com 25 ministros e cinco secretários de Estado, grande parte deles desconhecidos da população e provenientes da sociedade civil, numa ambição anunciada de "ruptura e proximidade".
Com apenas 25 ministros, dez a menos do que no anterior governo, dirigido por Macky Sall, e cinco secretários de Estado, o Primeiro ministro Ousmane Sonko divulgou, esta sexta-feira, no Palácio Presidencial em Dacar, a composição do seu "governo de ruptura e de proximidade", como o apresentou.
Entre os 25 cargos ministeriais, apenas quatro mulheres, nomeadamente nos Negócios Estrangeiros com Yassine Fall, vice-presidente do Pastef, partido presidencial e na primeira linha da oposiçéao com o antigo poder.
Outros membros do Pastef assumem cargos ministeriais, como Birhame Souley Diop, um dos co-fundadores do partido e director da campanha eleitoral de Bassirou Faye, nomeado ministro da Energia, do Petróleo e das Minas, um cargo importante com a exploração petrolífera prestes a começar no país.
No total, são treze os membros do Pastef com pastas ministeriais, como é ainda o caso nas Infraestruturas e Transportes, ou na Formação Profissional.
De resto, a ambição de "abertura" traduz-se, entre outros, pela nomeação de Ousmane Diagne como ministro da Justiça, ele que era Procurador da República no anterior Governo, conhecido como sério e responsável.
Ponto inédito: a nomeação de dois militares, generais, considerados como politicamente neutros, nos cargos estratégicos de ministros da Defesa e do Interior.
Neste novo Governo juntam-se portante perfis variados, com alguns especialistas, membros do partido Pastef e figuras da sociedade civil.
A maioria destes governantes está prestes a assumir a sua primeira função ministerial. O Presidente Bassirou Diomaye Faye, ele próprio detentor pela primeira vez de um mandato nacional, obteve uma flagrante vitória nas presidenciais, apresentando o seu projecto como o de uma "ruptura" com o sistema do antigo Presidente Macky Sall.
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