O Presidente de França, Emmanuel Macron, encorajou o seu homólogo da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, com quem se reuniu hoje em Paris, a formar "rapidamente um novo governo", anunciou em comunicado a Presidência francesa.
Macron salientou que a intensificação das relações bilaterais "só é possível através de instituições guineenses fortes e estáveis", acrescenta-se na nota de imprensa distribuída pelo Palácio do Eliseu.
No comunicado, os dois chefes de Estado congratularam-se com o relançamento das relações bilaterais, na sequência da visita que Macron fez a Bissau em 28 de julho de 2022, e a presidência francesa anuncia um novo apoio financeiro a Bissau.
"Em conformidade com os compromissos assumidos em julho de 2022, a França apoiará novamente a Guiné-Bissau este ano com uma ajuda orçamental de três milhões de euros e uma subvenção de quatro milhões de euros para a renovação das infraestruturas desportivas e escolares nos estabelecimentos adjacentes" à abertura em setembro passado, na capital guineense, da nova escola francesa.
A Guiné-Bissau vive momentos de tensão política desde o passado dia 01 de dezembro quando elementos das Forças Armadas se envolveram em confrontos, na sequência de uma ação da Guarda Nacional que retirou das celas da Polícia Judiciária dois membros do Governo investigados por alegada corrupção.
De regresso ao país, vindo de uma missão no estrangeiro, o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado e responsabilizou o parlamento por ser foco da desestabilização do país.
Sissoco Embaló dissolveu o parlamento e demitiu o Governo saído das eleições e na terça-feira reconduziu Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro de um novo executivo, ainda por formar, mas que disse ser de iniciativa presidencial.
Conosaba/Lusa
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