O Selecionador Nacional de Futebol da Guiné-Bissau, Baciro Candé, afirmou hoje que a sua maior “ambição”, como treinador dos Djurtus, é ganhar o Campeonato Africano das Nações (CAN’2023) que se realizará na Costa de Marfim, entre janeiro e fevereiro de 2024.
“Todos queremos ganhar e todos queremos passar à fase seguinte do CAN”, afirmou salientando que a sua maior “ambição” é ganhar a competição, mas o que eu prometo é o trabalho e foco no que é essencial, tentando fazer o melhor possível para podermos sair de lá com resultados positivos que todos queremos”.
“Todos vamos trabalhar para sairmos da fase de grupos e a minha maior ambição hoje é ganhar o CAN, enquanto selecionador nacional, e julgo também que a restante equipa técnica, jogadores e adeptos da Guiné-Bissau, têm essa ambição de vencer esta prova”, afirmou.
“Mister Candé” , como carinhosamente é chamado por muitos, falava aos jornalistas após a divulgação da lista dos 25 jogadores da seleção da Guiné-Bissau que vão disputar a próxima edição da maior competição de futebol em África.
Na lista anunciada por Baciro Candé, o destaque vai para o regresso de Zé Turbo à lista dos eleitos da equipa nacional.
O jovem avançado não figurou na lista dos convocados de Candé nos últimos jogos da Seleção Nacional na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026.
Embora tenha mostrado otimista nos jogadores convocados para o CAN’2023, Candé foi questionado pela imprensa desportiva sobre a ausência da lista de jogadores como Alexandre Mendy e Celton Biai.
Mendy, que joga no Caen da França, é o melhor marcador do campeonato da segunda divisão da França com 12 golos, mas tem sido uma das ausências notáveis nas sucessivas convocatórias da equipa técnica nacional.
Em reação, Mister Candé assegurou que Alexandre Mendy nostrou-se indisponível para vestir a camisola da seleção nacional e a equipa técnica simplesmente respeitou a decisão do jogador internacional guineense.
A Guiné-Bissau vai participar pela quarta vez consecutiva no CAN, mas nunca conseguiu apurar-se para a fase seguinte desta prova.
Nas últimas participações, nomeadamente 2017, 2019 e 2021, a seleção nacional apenas alcançou um ponto na tabela classificativa e nas duas últimas edições não marcou nenhum golo.
Na sua primeira participação, em 2017, no Gabão, marcou dois tentos por intermédio de Juary Soares e Piqueti Djassi, ambos jogadores não estão na lista dos convocados.
O guarda-redes Internacional Guineense, Jonas Mendes, capitão dos Djurtus, vai participar no CAN pela quarta vez consecutiva na Costa de Marfim.
Nomes como Sori Mané, Morreto Cassamá e Mama Baldévão disputar pela terceira vez consecutiva o CAN.
Destaque vai para a ausência de Maurice Gomis, Manuel Baldé, Panutche Camará e Steve Ambri da lista dos convocados para o CAN’2023, uma vez que estes jovens atletas estiveram no último CAN’2021.
Vários atletas internacionais guineenses vão pela primeira vez jogar a maior competição de futebol em África, nomeadamente Marciano Sanca Tchami, Famana Quizera, Carlos Mané, Edgar Ié, Houboulang Mendes, FranculinoDju entre outros nomes.
Segundo o gabinete da Comunicação da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, um primeiro grupo de jogadores da seleção nacional chegará ao país no dia 28 de dezembro e o último viaja no dia 02 de janeiro para Bissau.
A Guiné-Bissau, de acordo com as informações apuradas pelo O Democrata, vai realizar um jogo amistoso com a sua congénere do Mali antes do início do CAN, embora o Selecionador Nacional pretendesse realizar três jogos.
O jogo terá lugar em Bamako no dia 06 de janeiro de 2024, às 9h00 horas.
Desde a primeira participação no CAN em 2017 no Gabão, os sucessivos governos investiram muito dinheiro na seleção nacional, mas nunca foi definido um objetivo para a equipa nacional nas diferentes competições, nomeadamente o CAN.
Contudo, desta vez o executivo, através do Ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Augusto Gomes, transmitiu ao presidente da Federação de Futebol, Carlos Mendes Teixeira ‘Caíto’, e ao Selecionador Nacional, Baciro Candé que a palavra de ordem da seleção nacional é garantir a qualificação à fase seguinte da competição.
O governante prometeu que o executivo liderado por Rui Duarte de Barros vai assumir todas as despesas da Seleção Nacional na sua quarta participação consecutiva no CAN’2023.
A Guiné-Bissau foi sorteada no Grupo A, em que pontifica também a anfitriã Costa do Marfim, a Nigéria, treinada pelo português José Peseiro e três vezes vencedora da competição e a Guiné-Equatorial.
Os dois primeiros classificados de cada um dos seis grupos qualificam-se para os oitavos de final, bem como os quatro melhores terceiros.
A fase final do CAN-2023 terá lugar de 13 de janeiro a 11 de fevereiro de 2024.
Uma competição inicialmente prevista para junho de 2023, mas adiada devido às condições climáticas na Costa do Marfim, com chuvas fortes e risco elevado de inundações que colocariam em causa o normal desenrolar da competição.
No mês de setembro último, a CAF anunciou que vai disponibilizar cerca de 500 mil dólares a todas as federações, cujas seleções garantiram a qualificação para o CAN.
O valor será entregue em duas prestações: a primeira, antes do início do CAN, em 5 de janeiro de 2024. A segunda será entregue no fim da competição.
Outrossim, dependendo do desempenho da seleção na prova, a quantia total poderá chegar até 5 milhões de dólares.
Lista dos convocados:
Guarda-Redes: Jonas Mendes, Ouparine Djoco e Fernando Embadje;
Defesas: Fali Candé, Edgar Ié, Jefferson Encada, Marcelo Djaló, Houboulang Mendes, Sori Mané, OPA Sangante e Nanu;
Médios: Nito Gomes, Dalcio Gomes, Carlos Mané, Carlos Gomes, Alfa Semedo, Morreto Cassamá e Jânio Bikel;
Avançados: Franculino Dju, Famana Quizera, Mauro Teixeira, Marciano Sanca Tchami, Mama Baldé, Zinho Gano e Zé Turbo.
Por: Alison Cabral
Foto: AC
Conosaba/odemocratagb
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