Hospital Simão Mendes, principal hospital da Guiné-Bissau, Setembro de 2023 em Bissau. © Liliana Henriques / RFI
No Hospital Simão Mendes, principal unidade médica da Guiné-Bissau, começou hoje uma greve de técnicos e pessoal de assistência hospitalar. O Governo está a envidar esforços para levantar a paralisação laboral.
Como estava a dizer à RFI um responsável do Hospital Simão Mendes, esta greve acontece no pior momento.
A greve, para durar três dias, quarta, quinta e sexta-feira, acontece nesta quadra festiva do novo ano, período em que é normal as pessoas procurarem assistência médica. As pessoas vão ao Simão Mendes na sequência de acidentes domésticos ou de trânsito ou ainda por problemas de saúde derivados do consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
A fonte da direcção do hospital disse à RFI que neste primeiro dia da greve, ainda não é sentido o impacto da paralisação, o que já não acontecerá na quinta-feira se a greve não for levantada até lá.
É que, diz ainda a fonte, muitos técnicos vieram trabalhar esta quarta-feira sem saber que a greve estaria em vigor, mas no momento de troca de turnos entre os profissionais, muitos já não vão comparecer.
A greve foi convocada pelo sindicato de base, que engloba cerca de 200 pessoas, entre técnicos e pessoal de assistência hospitalar, para reivindicar cerca de seis meses de salários em atraso. São na sua maioria técnicos contratados.
No total, os cerca de 700 profissionais do Simão Mendes também têm seis meses de subsídios por receber.
O Sindicato diz que avançou pela greve a partir do momento em que a promessa de que os salários seriam pagos até o passado dia 26 não foi cumprida.
A direcção do Simão Mendes lamenta que a greve tenha sido decretada, compreende as reivindicações dos técnicos e tem esperanças de que no Conselho de Ministros desta quinta-feira o Governo encontrará uma solução e a paralisação será levantada.
Por: Mussá Baldé
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário