Porque não concentrar-se numa melhor preparação e aguardar pelas eleições, uma vez que, de acordo a nossa lei fundamental, o acesso ao poder político se processa através de eleições, como tem sempre acontecido, desde a introdução do multipartidarismo em 1992?
Quem é que ganharia com uma Guiné-Bissau mergulhada na confusão, na instabilidade? Quem é que ganhou com o conflito político-militar de 7 de Junho?
Será que já não é o momento de nos concentrarmos no essencial e deixar de lado as nossas pequenas querelas, que a lado nenhum nos leva, senão à agudização das nossas contradições fúteis?
É chegado o momento de as pessoas saberem que, o que a Guiné-Bissau necessita é de uma economia robusta que deve ser protagonizada pelo sector privado, apoiado pelas instituições financeiras vocacionadas para criar o emprego, contribuir para o fisco e realizar o sonho da nossa juventude.
Esta guerra toda é motivada pelo facto de a política se tornar no negócio mais lucrativo na Guiné-Bissau, por isso é que todos querem fazer política para se tornaram facilmente ricos, porque uma vez nomeados para altos cargos nas instituições do Estado, como tem acontecido ao longo dos tempos, com maior ênfase nos últimos 20 anos, de simples “Petit Mamadus” passam a milionários (casas no estrangeiro, mansões em Bissau, casas 2 e 3, contas bancarias bem alimentadas, etc.).
Daí, lanço um vibrante apelo, aqui e agora, para que os nossos representantes na Assembleia Nacional Popular se debrucem seriamente e adotem leis destinadas a pôr fim aos subsídios chorudos dos titulares dos órgãos públicos, a começar pelos mesmos, rever os critérios de atribuição de subsídios a ex-membros de governo, e as remunerações dos membros dos Conselhos de administração das empresas públicas.
A Guiné-Bissau e o único país onde se atribui subsídios vitalícios a alguém que tenha desempenhado o cargo de membro de governo, mesmo que seja por dois meses. A Guiné-Bissau e o pais na nossa sub-região com o número mais elevado de ex-membros de governo.
A única forma de libertar este país de aspirantes ao exercício do poder político ao mais alto nível, com essa mentalidade, é de promover e apoiar os verdadeiros operadores económicos, aqueles que de facto apostaram nessa profissão e que não a misturam com a política, e mesmo que a misturam com a política, não abandonam as suas atividades, como tem acontecido com os nossos conterrâneos que hoje poderiam ser o motor do desenvolvimento do país.
Com a liberalização económica, quis-se dar a oportunidade aos empresários nacionais para crescerem e assim poderem criar riquezas que poderiam ser benéficos não só aos mesmos, mas também a sociedade em geral, através da criação de emprego e contribuição ao fisco.
Mas, como a política, a nossa política, a política a moda do Guineense, veio revelar-se a via mais fácil para a acumulação de riqueza, uma vez que o enriquecimento ilícito não é punido, os Guineenses passaram a privilegiar essa atividade.
É esse o motivo por que os que desejam ver o país cair na desgraça, estão a fazer tudo para que os seus desejos sejam realizados. Má suma Deus cata durmi, nin I cata djungu, não sei como é que vão conseguir que esse seu satânico desejo seja realizado.
Figa canhota, Guiné-Bissau cana riba trás mas
Caba no está na tempo de frio
Viva a Unidade nacional!
Por: Yanick Aerton
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