domingo, 28 de abril de 2019

UNIVERSIDADE CATÓLICA DA GUINÉ-BISSAU INAUGURA CENTRO DE ESTUDOS E CULTURA

Com o intuito de realizar uma prática pública que articule a investigação com a intervenção na realidade social, económica, educativa e cultural da Guiné-Bissau, a Universidade Católica da Guiné-Bissau (UCGB) e a Fundação Fé e Cooperação (FEC) inauguram o Centro de Estudos, Educação e Cultura da Universidade Católica da Guiné-Bissau.

O Centro de Estudos, Educação (CEEC) ora inaugurado, sexta-feira (26), é estruturado e equipado no âmbito do projecto “Cultura i nó Balur (cultura é o nosso valor, tradução livre) ” e está vinculado à Faculdade de Ciências da Educação da UCGB e assume como orientação estratégica a luta pela coesão e justiça social, nas dimensões próprias de uma Unidade de Investigação e Desenvolvimento que tem as Ciências da Educação como área principal.

A inauguração foi presidida pelo Bispo de Bafatá, Dom Pedro Carlos Zilli, que falou na necessidade de boas parcerias para o desenvolvimento desta instituição universitária católica do país.

“ A UCGB vai adquirindo forma isso é um caminho que leva o tempo e é bom saber constatar sempre mais que há instituições parceiras que queiram colaborar connosco na universidade e ela sozinha não vai muito longe. Então é preciso de parceiros que já existe muitos bons”, enfatiza o Bispo.

A técnica sectorial de cooperação Instituto de Camões, Paula Matos Costa, diz que o projecto propõe a dar ferramentas aos cidadãos guineenses de modo a construir uma sociedade mais habilitada e a enfrentar um mundo cada vez mais complexo, interdependente ao redor, através de fortalecimento do ensino superior na Guiné-Bissau.

“ O centro de estudos de educação e cultura será sim um veículo de excelência para disseminar o saber, a reflexão e o espírito crítico”, realça.

Para a Reitora da UCGB, Zaida Pereira, com a inauguração do centro está-se a cumprir com um primeiro passo na construção de um outro pilar no ensino superior “a investigação” que o ensino superior universitário faz, com base em dois pilares; “o ensino e a investigação”.

“Nós estamos hoje aqui a dar um primeiro passo no sentido de construir o segundo pilar que é o pilar da investigação”, explica a reitora aproveitando para deixar palavras de apresso aos financiadores porque “é uma parceria partilhada e o centro é o resultado dessa partilha”.

A reitora promete tudo fazer para que o centro se torna num “espaço de criação de conhecimento endógena” que poderá depois alicerçar as licenciaturas, torná-las mais robustas com o conhecimento produzido localmente.

Durante a cerimónia foram ainda atribuídos certificados aos 21 estudantes da pós-graduação em Educação Intercultural e foi anunciado o início oficial do Mestrado em Educação do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.

As actividades inserem-se no projecto “Cultura i nó balur” - Uma Estratégia de Educação para a Cultura na Guiné-Bissau, desenvolvido pela FEC, em parceria com a ENGIM, a Universidade Católica da Guiné-Bissau, o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, a Associação de Escritores da Guiné-Bissau e a Afectos com Letras, com financiamento da União Europeia, da Misereor e do Camões, I.P.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Anézia Tavares Gomes/radiosolmansi com Conosaba do Porto
Imagem: Anézia Tavares Gomes

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