segunda-feira, 14 de abril de 2025

VICE-PRESIDENTE DA LGDH RESPONSABILIZA GOVERNO PELAS PERSEGUIÇÕES E TENTATIVAS DE SEQUESTRO AO BUBACAR TURÉ

A vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Claudina Veigas, responsabilizou esta segunda-feira, 14 de abril de 2025, o governo liderado por Rui Duarte de Barros, pelas perseguições e tentativas de sequestro e espancamento ao presidente da Liga, Bubacar Turé.

Claudina Veigas falava numa conferência de imprensa conjunta realizada na sede daquela organização em Bissau, na qual disse que a direção da Liga Guineense dos Direitos Humanos tem estado a acompanhar com profunda preocupação a onda de perseguições, intimidações e tentativas de prisão abusiva do seu presidente Bubacar Turé, perpetrados por elementos do Departamento de Informação Policial e Investigação Criminal do Ministério do Interior que ocorreram não somente aquando da intromissão indevida e ilegal na sua residência, com forte aparato policial colocado no porto de Bissau.

A responsável daquela organização de defesa dos direitos humanos informou que foi deslocado um contingente da Guarda Nacional e de repressão do regime para patrulhar e inspecionar viaturas que saem de Buba, mobilização a tempo integral de agentes à paisana nas imediações da sua residência, com a única intenção de sequestrar ou eventualmente assassinar o presidente Bubacar Turė.

“Perante este cenário de perseguição desenfreada, a Liga Guineense dos Direitos Humanos condena vigorosamente todas as ameaças contra a integridade do seu presidente e serve-se deste meio para trazer ao conhecimento público nacional e internacional, este ato de afrontosa perseguição a um defensor dos direitos humanos, pura e simplesmente por estar a realizar o seu trabalho, assegurando desde já que não hesitará em responsabilizar diretamente os autores morais e materiais destes atos totalmente inaceitáveis num estado democrático de direito”, sublinhou.

Advertiu que a liberdade de expressão para além de ser um direito fundamental constitucionalmente assegurado à todos os cidadãos, constitui um dos alicerces da democracia e do estado de direito, sendo assim, todas as tentativas de limitar o exercício deste direito fora dos termos previstos na constituição e nas leis, traduzem-se numa afronta aos princípios que enformam o estado de direito. Acrescentando que a liga não encontra nas declarações proferidas pelo seu presidente, quaisquer indícios que apontem o cometimento de crime previsto e punível no ordenamento jurídico guineense, mas se por ventura alguém se sentir ofendido que apresente a competente queixa-crime que aquela organização, através do seu presidente responderá e se defenderá no juízo e fora dele.

“Queremos exortar o Ministério Público, enquanto titular da acção penal e as autoridades judiciários no sentido de enveredarem pela via da legalidade, caso haja a necessidade de qualquer solicitação ou notificação que esta seja dirigida à sede da Liga Guineense dos Direitos Humanos, endereço profissional fixo. Bubacar Turé, pronunciou-se enquanto presidente da liga sobre denuncias recebidas pela entidade por parte de utentes do sistema de saúde que se queixaram de entre outros, venda de medicamentos gratuitos, falta de cuidados nos serviços da maternidade, mortes alegadamente associadas a hemodiálise”, sublinhou.

Por: Aguinaldo Ampa
Conosaba/odemocratagb

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