Para Pedro Pires “nas sociedades onde tenha uma certa força o pensamento mágico, os traidores têm medo”. O presidente da Fundação Amílcar Cabral reagia assim ao ser questionado sobre a alegada proibição por parte do Governo guineense de afixação de cartazes sobre o centenário de Amílcar Cabral.
Em conferência de imprensa, na cidade da Praia, Cabo Verde, a propósito das comemorações do centenário de nascimento de Amílcar Cabral, Pedro Pires lembrou que Amílcar Cabral nasceu a 12 de Setembro de 1924 e que não se deve mudar a história.
Questionado sobre a alegada proibição por parte do Governo guineense de afixação de cartazes sobre o centenário de Amílcar Cabral, o antigo chefe de Estado cabo-verdiano declarou que “nas sociedades onde tenha uma certa força o pensamento mágico, os traidores têm medo, não conseguem encarar a fotografia das pessoas que traíram, não conseguem encarar o nome das pessoas que traíram”.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, decidiu “associar” as comemorações do centenário de Amílcar Cabral às celebrações dos 60 anos das Forças Armadas, que se assinalam em Novembro.
Pedro Pires discorda “completamente” e sublinha que “não se pode transferir isso para nenhum Novembro de 2024. Não tem sentido. Só uma pessoa que pensa que pode mudar os calendários é que pode agir assim, mas não podemos mudar os calendários, nem a história. As coisas aconteceram numa data e é essa data que devemos respeitar.”
O presidente da Fundação Amílcar Cabral lembra que “em matéria de datas e de factos, estou bastante bem informado”, uma vez que esteve na Guiné e que foi o chefe dos negociadores do reconhecimento da República da Guiné-Bissau.
Lusa
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