O centenário do nascimento de um dos maiores visionários do Sec. XX está a ser comemorado nos quatro cantos do mundo, com aquela importância de que o evento merece, à dimensão da figura daquele que, apesar da descontinuidade geográfica das duas entidades territoriais (a então Guiné Portuguesa e as Ilhas de Cabo Verde) coisa inédita na história da África, conseguiu lutar pela emancipação de dos povos irmãos que o mais retrógrado dos colonialismos, o de Portugal, separou.
É de lastimar que o fervor com que este evento de alcance mundial está a ser comemorado fora, não se sente no país natal de Amílcar Lopes Cabral, salvo iniciativas do PAIGC, do INEP e de outras organizações sociais que estão a render a justa homenagem ao HERÓI BINACIONAL.
Não o conhece porque eu nasci depois da independência nacional.
Sem apontar o dedo acusador a quem quer que seja, mas é meu entendimento e de muitos patriotas de verdade, de que este grande evento devia se apropriado pelas autoridades e, de forma subsidiária, pelas entidades que neste momento estão fortemente empenhadas para que o mundo sinta que algo de especial está a passar-se na pátria de Cabral.
A pergunta que neste momento todos estão a fazer é a seguinte: porquê, Pabia, porque, desta indiferença, numa altura em que as convulsões que se vive no país, exige de quem governa, ainda que não tenha sido sufragado pelo povo, como é o caso deste governo, ações que congreguem e reforcem o sentimento de fraternidade entre os Guineenses?
Na capital Bissau, nos setores e nas tabancas mais distantes, o dia 12 de Setembro devia ser o de uma grande festa de liberdade, pois, a luta se destinava a trazer de volta aquele sorriso que o colonialismo confiscou do nosso povo, e que Amílcar Cabral trouxe de volta, e a melhor forma de lhe render a justa homenagem, era de manifestar essa alegria d’une liberte retrouvée.
O dia 12 de Setembro devia ser o de uma profunda reflexão e introspeção por parte dos atores políticos para que reconsiderem as suas posições e se concentrem no essencial, que é de construir um ambiente de entendimento e diálogo permanente, afastando o que os separa e fortalecendo o que os une, na Guineendadi.
É minha convicção de que o feriado do dia 12 de Setembro devia ser mantido, porque de todas as datas é aquela que mais significado tem, porquanto é nela que os filhos deste tchom receberam do Todo Poderoso a maior dádiva, o nascimento do génio Amílcar Lopes Cabral.
Nunca vamos admitir que espíritos saudosistas do colonialismo ofusquem essa data importante, porque a juventude revolucionária está de pês firmes e determinados a defender e a imortalizar o pensamento libertador do Fundador das nacionalidades Guineense e Cabo Verdiana, Lantindan Abel Djassi.
Happy Birthday to Amílcar Lopes Cabral!
Viva o Cabralismo!
God bless Guinea Bissau!
Bairro Ajuda.
Bxo, 11 de Setembro de 2024
Por: Yanick Aerton
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