A marinha senegalesa encontrou ao largo de Dacar uma embarcação à deriva com 30 cadáveres em estado de decomposição avançada. O alerta tinha sido dado por um grupo de pescadores que avistou a embarcação.
Pelo menos 30 corpos sem vida e em estado de decomposição avançada encontravam-se na embarcação à deriva, ao largo de Dacar, avistada por pescadores senegaleses e rebocada esta segunda-feira 23 de Setembro pela marinha.
Estão em curso investigações para determinar a proveniência da embarcação e o balanço definitivo, de acordo com um comunicado das autoridades senegalesas.
"As operações de resgate e identificação das vítimas estão a ser dificultadas pelo estado avançado de decomposição dos corpos", avançam ainda as autoridades.
A costa senegalesa é um dos principais pontos de partida de migrantes que todos os anos tentam chegar à Europa, muitos dos quais se dirigem para as ilhas espanholas das Canárias. Esta rota atlântica é particularmente perigosa devido às fortes correntes e, todos os anos, as autoridades registam milhares de mortes e desaparecimentos de embarcações muitas vezes sobrelotadas e sem condições de navegabilidade.
Este drama surge apenas 15 dias depois da morte de pelo menos 39 pessoas num barco que transportava migrantes e que se afundou ao largo da cidade portuária ocidental de Mbour.
Na sequência da tragédia, o Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, prometeu “perseguir sem tréguas” os traficantes de migrantes e apelou aos jovens para que permanecessem no país da África Ocidental.
Durante uma visita de três dias à África Ocidental, no final de Agosto, o Primeiro-Ministro espanhol Pedro Sanchez assinou acordos com o Senegal, a Gâmbia e a Mauritânia para promover a migração legal.
Mais de 22 000 imigrantes já desembarcaram nas Ilhas Canárias este ano, mais do que o dobro do número registado no ano anterior.
Por: RFI
Conosaba/rfi.fr/pt
Sem comentários:
Enviar um comentário