O chefe de Estado da Guiné-Bissau regressou esta sexta-feira, 27 de Setembro, ao país, após ter participado na 79ºAssembleia-Geral das Nações Unidas. Umaro Sissoco Embaló disse ter recebido “felicitações dos Estados Unidos pela recente apreensão da droga, no aeroporto de Bissau. Até ao momento as autoridades guineenses não foram capazes de encontrar os mandatários da droga.
O Presidente Umaro Sissoco Embalo afirmou que a Agência Federal Norte-Americana de Combate à Droga solicitou um encontro, no hotel onde estava hospedado, em Nova Iorque, para o felicitar sobre o combate à droga na Guiné-Bissau.
O chefe de Estado guineense adiantou também que, num jantar oferecido pelo Presidente Joe Biden a alguns chefes de Estado e de Governo, foi solicitado pela administração norte-americana para ajudar na estabilização da costa ocidental.
Todavia, a visita de Umaro Sissoco Embaló foi contestada pela comunidade guineense residente em Nova Iorque e Boston que aproveitou a ocasião para condenar aquilo que consideram ser “a ditadura do Presidente guineense”.
Em declarações à Voz da América, os manifestantes que se concentram diante da sede da Assembleia das Nações Unidas, acusaram o chefe de Estado de ser “traficante e ditador”.
Recentemente, a Polícia Judiciária guineense apreendeu uma aeronave no aeroporto internacional Osvaldo Vieira de Bissau “com uma grande quantidade de cocaína”, proveniente da Venezuela. A droga foi destruída, mas até agora ainda não foram encontrados os mandatários da droga.
Esta semana, em declarações à RFI, o Presidente da Assembleia Nacional Popular, afirmou que “Continuamos a ter um avião estacionado no aeroporto, um avião que transportou mais de 2500 quilos de droga e, portanto, aproveitam tudo isto para fazer um grande rebuliço e tentar desviar a atenção das pessoas para assuntos que não são realmente de qualquer tipo de interesse”.
Domingos Simões Pereira alertou ainda para o facto de estarem a circular rumores que dão conta que “o principal agente que terá denunciado a situação se encontra isolado e teme pela sua própria segurança”.
A propósito da apreensão da droga no aeroporto de Bissau, Sissoco Embalo disse ter abordado o assunto com o seu homólogo do Paraguai, Santiago Pena Palácios.
Xanana Gusmão pediu desculpa
O Presidente da Guiné-Bissau afirmou ainda que teve a oportunidade para esclarecer a polémica com o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, declarou que “a Guiné-Bissau vive um período de golpes presidenciais depois de anos de golpes de Estado”. Umaro Sissco Emabaló referiu que Xanana Gusmão pediu desculpa e retirou tudo o que disse sobre a Guiné-Bissau.
Conosaba/rfi.fr/pt
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