Dacar – O Senegal vai a votos a votos a 17 de Novembro após o anúncio a 12 de Setembro da dissolução da Assembleia nacional pelo presidente Bassirou Diomaye Faye. Este visa obter uma maioria que lhe seja favorável num parlamento dominado, ainda, pelo partido do seu antecessor, Macky Sall.
O presidente senegalês é adepto de um panafricanismo de esquerda, mas também da defesa da soberania.
A dicotomia entre o novo poder de Dacar e a oposição nunca cessou desde a tomada de posse.
O primeiro-ministro Ousmane Sonko até ao momento não pronunciou o seu discurso de política geral perante o parlamento num contexto de ameaça de uma moção de censura por parte dos apoiantes do ex chefe de Estado.
Foi neste xadrez político que Bassirou Diomaye Faye, presidente da república, anunciou nesta quinta, 12 de Setembro, a dissolução do parlamento.
Dissolvo a Assembleia nacional para pedir ao povo soberano os meios institucionais que me permitirão concretizar a transformação profunda que eu lhes prometi.
Hoje, mais do que nunca, chegou o momento de abrir uma nova era neste nosso quinquénio.
O artigo terceiro da nossa constituição lembra que a soberania nacional pertence ao povo.
Desta feita o povo é convidado a voltar a se pronunciar e a decidir, de forma soberana, se a Assembleia nacional deve reflectir as aspirações profundas de mudança que foram expressas na noite de 24 de Março de 2024.
Ou se ela deve ainda permanecer como o último resquício e forma de bloqueio de um regime destituído.
Por seu lado a oposição alega que as novas autoridades não têm projecto político e governariam sem rumo definido.
Por: Miguel Martins
Conosaba/rfi.fr/pt
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