O Sindicato de Jornalistas da Guiné-Bissau condenou hoje mais um ataque à liberdade de imprensa no país registado contra um jornalista da Rádio Comunitária Voz de Quelelé, detido enquanto em "pleno exercício da profissão".
Em comunicado, enviado à imprensa, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau (Sinjotec) refere que o jornalista em causa foi detido, durante várias horas, no passado dia 11, junto ao centro de produção de documentos biométricos.
O jornalista, segundo o sindicato, foi detido a "mando da diretora da referida instituição, na esquadra de zona 7 e posteriormente no piquete da Polícia Judiciária".
Depois de ouvidos todos os intervenientes, o Sinjotecs refere que houve um "flagrante abuso de poder, seja por parte do agente que abordou o repórter, bem como da parte da diretora do centro de produção de documentos biométricos".
O Sinjotecs condena o "comportamento abusivo dos agentes da polícia" e "repudia e condena o comportamento antiprofissional e abuso de poder" da diretora do centro.
No comunicado, o sindicato exige respeito e consideração pelos profissionais da comunicação social que "contribuem significativamente nas ações de consciencialização cívica e de desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau".
"A direção do Sinjotecs, ciente das suas obrigações morais e cívicas, não tolerará desmandos e abusos de poder desta natureza, reservando-se ao direito de interpor uma queixa-crime contra os infratores da liberdade de imprensa e de expressão na Guiné-Bissau", pode ler-se no comunicado.
Conosaba/Lusa
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