A escola foi e continua a ser a prioridade número 1 na Guiné-Bissau, para não só preparar os recursos humanos para os desafios de desenvolvimento do país, mas também para acordar as consciências para permitir que as pessoas saibam ajuizar, quando estão perante certas realidades.
Há necessidade de se construírem escolas em todo o território nacional, desde a pré-escolar até às instituições de ensino superior. Mas, por querer manter os Guineenses no absoluto obscurantismo, os sucessivos governos têm relegado este sector para o segundo plano.
Para quem seguiu o telejornal de ontem, dia 25 de Julho de 2022, as imagens da visita da nova ministra da educação, Tia Martina Moniz, aos estabelecimentos de ensino da cidade de Bubaque, são um exemplo nítido daquilo que acima se expôs, e um retrato típico do estado de abandono e de desprezão em que estão votadas não só às populações de Bubaque, como as de todas as outras localidades da Guiné-Bissau.
E sabem quais as consequências deste abandono?
Uma dessas consequências é exactamente aquilo que estamos a assistir nas vésperas da visita do Presidente Francês, Emmanuel Macron. Certos Guineenses mais letrados estão a tentar minimizar a visita de Macron a Guiné-Bissau, quando na realidade essa visita é uma oportunidade para aumentar a visibilidade do nosso no mundo, com os ganhos políticos e até económicos que daí possam advir.
Eles tentam incutir no espírito dos menos atentos, menos esclarecidos, menos informados, de que a visita do Macron não vai mudar nada, não vai trazer nada de novo, não vai ter nenhum impacto para o país. E esses senhores estão mesmo convencidos que o “peixe podre” que estão a vender vai ser facilmente comprado, quando na realidade essa narrativa não passa de “the lost sentence”, pois este povo está tão preparado que sabe distinguir o trigo do joio.
Onde é que está escrito que quando um chefe de estado visita um país, a convite do homólogo, ele trás maletas ou malas de dinheiro para ofertar o governo do país visitado?
Onde é que está escrito que nas relações entre os estados, nas relações internacionais, as deslocações devem imperativamente ser de condicionar as assinaturas dos tratados ao volume do dinheiro que eventualmente o visitante deva trazer?
Porque tentar enganar o povo com essa retórica que, a partida, é desconstruída devido a sua falsidade e a falta de realismo?
Nó tene borgonha na cara!
As visitas desta natureza são mais do que simples assinaturas de acordos, pois, só os doentes mentais põem em causa as boas e promissoras iniciativas.
Que estejamos contra o jovem General Presidente ou não, mas temos que reconhecer nele a capacidade de lobby, incomparável com todos os presidentes que passaram pelo Palácio Rosa. Os motivos são variados.
O Presidente Sissoco teve a sorte de frequentar grandes líderes africanos e fazer amizades com outros grandes líderes mundiais, políticos e “businessmen” bem-sucedidos, oportunidade que a maior parte dos seus compatriotas não tiveram.
Por isso, a experiência que o Presidente Sissoco acumulou é tão vasta que antes de assumir a presidência da república, já estava preparado para capitalizar essas relações. É exactamente o que está a acontecer, e isso deve ser reconhecido por todos, porque nada adiante opor-se a uma realidade só passível de mutação por vontade do Todo-poderoso Allah que “dá o poder a quem quiser e o retira quando quiser”.
Que esta mensagem fique bem clara no espírito daqueles que, se calhar, estão a ser influenciados negativamente pelas retóricas daqueles Guineenses que estão contra o Presidente Sissoco, e que não querem que a visita do Macron a Guiné-Bissau seja um sucesso.
Mesmo que não haja nenhum Guineense nas artérias para receber o Presidente Macron, esta visita é a partida um sucesso, porquanto contribui para uma maior projecção da pátria de Cabral.
Que os Guineenses não tenham ilusão, com a presidência da república, a Guiné-Bissau tornou-se mais conhecida devido a figura do Presidente Sissoco.
Enquanto o Sissoco estiver a frente do país, devemos ter orgulho e rezarmos para que o a Guiné-Bissau saia do buraco em que se encontra.
VIVA GUINENDADE!
Por: Yanick Aerton
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