quinta-feira, 21 de julho de 2022

Administração pública: EXCESSO DE FUNCIONÁRIOS IMPEDE INVESTIMENTO SOCIAL

O governo considerou hoje que o excesso de funcionários públicos na administração pública tem impedido o investimento nas áreas sociais.

Cirilo Mamasaliu Djaló considera de alarmante a situação que a Guiné-Bissau está a enfrentar devido à exigência da UEMOA o que leva o executivo a gastar uma massa salarial acima de 85% das receitas fiscais.

“ O país depara com uma situação de excesso de funcionários na administração pública, uma situação que no quadro da convergência da UEMOA, é preocupante e mostra que a Guiné-Bissau dispõe de 21 funcionários por mil habitantes enquanto deve ser 7 funcionários por mil habitantes e nesta senda, o investimento nas áreas sociais será ínfima”, disse Djalo.

Estas informações foram avançadas hoje pelo Ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social durante o balanço do recenseamento dos funcionários públicos que decorreu de março até ao final do Maio.

Este governante disse ainda que já recensearam 22 mil e 318 funcionários e inicialmente estava prevista para recensear 25 mil e 522 trabalhadores da administração pública.

“Total dos funcionários que previmos para recensear era 25 mil e 522 na folha do mês do março e já recenseamos 22 mil e 318 e fica para recensear até hoje 3 mil e 204 funcionários públicos”, revelou Cirilo Mamasaliu Djalo.

Cirilo Djalo acrescentou ainda que com este recenseamento, o governo já arrecadou no tesouro público alguns montantes através do pagamento dos pensionistas.

“ No mês de Junho, o governo pagou aos pensionistas o salário de 5 bilhões e 431mil e 782 franco CFA, já no mês de Julho, iniciamos a processar o salário na base de recenseamento e pagamos 4 bilhões e 883 mil e 667,447 franco CFA. Neste caso, há uma diferença de 538 milhões e 114 franco”, destacou este governante.

Em relação ao recenseamento o Ministro da Administração Pública, Trabalho, Emprego e Segurança Social falta ainda recensear 2 mil 552 sargentos e soldados, assim como pessoal das embaixadas e funcionários da Assembleia Nacional Popular.

Em 2017 o governo guineense fez o recenseamento e durante o processo mais de quatro mil funcionários públicos foram bloqueados salários do mês de setembro na altura.

Por: Marcelino Iambi//radiosolmansi com Conosaba do Porto

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