A campanha eleitoral iniciou-se sob o signo da serenidade e da confiança. Mesmo perante notícias de detenções “preventivas” de militares, associadas a alegadas tentativas de desestabilização, o povo guineense manteve-se tranquilo, demonstrando uma maturidade política que merece destaque.
Ao longo dos últimos dias, o país assistiu ao início das ações de campanha com entusiasmo, num ambiente de ordem e esperança. O que poderia ter sido um momento de tensão foi transformado, pela calma dos cidadãos, num sinal de resiliência nacional. A Guiné-Bissau mostrou que já não se deixa conduzir pelo medo nem pelas manobras de bastidores.
É inegável que a popularidade do Presidente Úmaro Sissoco Embaló continua a ser um fator determinante neste processo. A sua imagem de firmeza e de liderança no restabelecimento da autoridade do Estado inspira confiança a uma grande maioria dos eleitores, sobretudo entre os jovens e nas regiões que têm sentido os efeitos diretos da ação governativa. Ainda assim, a democracia ensina que nenhum resultado está decidido antes da contagem dos votos — e que o poder de escolher pertence, em última instância, ao povo soberano.
O que se desenha neste início de campanha é um país que quer estabilidade, que valoriza o progresso e que acredita que o futuro se constrói com paz, trabalho e responsabilidade. Entre a incerteza dos bastidores e a certeza do voto livre, a Guiné-Bissau volta a provar que a sua maior força está na serenidade do seu povo.

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