domingo, 30 de novembro de 2025

‎Golpe de estado: ECONOMISTA ALERTA QUE GUINÉ-BISSAU PRECISA URGENTEMENTE DE PAZ PARA RECONSTRUIR SISTEMA POLÍTICO INCLUSIVO


O economista guineense Carlos Lopes afirmou que, após tantos anos de instabilidade, a Guiné-Bissau precisa urgentemente de um período de paz para reconstruir um sistema político inclusivo, capaz de valorizar as diferenças e focado no desenvolvimento do país.

Professor universitário e antigo Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África, Lopes fez este alerta numa mensagem publicada no sábado, 29 de novembro de 2025, na sua página do Facebook, reagindo à situação do golpe de Estado na Guiné-Bissau e às detenções arbitrárias de personalidades políticas.

O especialista em desenvolvimento económico destacou que é importante recordar que várias figuras que hoje surgem na linha da frente das instituições resultantes desta ruptura desempenharam papéis centrais na recente campanha eleitoral.

“Torna-se difícil compreender que, durante todo o processo, não tenham identificado os problemas que agora denunciam com tanta veemência”, questionou.

Segundo Carlos Lopes, tudo indica que havia receio quanto aos resultados que estavam prestes a ser anunciados, após um processo eleitoral marcado pela falta de integridade.

O economista sublinhou que, apesar das tentativas de manipulação, não se conseguiu produzir o desfecho desejado.

Na sequência dos acontecimentos recentes, apelou de forma clara e inequívoca pela libertação imediata das 18 pessoas detidas após o golpe de Estado, por considerar que estas prisões representam uma violação grave dos direitos fundamentais.

“Estas detenções representam uma violação grave dos direitos fundamentais, nomeadamente da liberdade de expressão, e configuram um atentado à integridade física de cidadãos que apenas exerceram os seus direitos”, reforçou.

Lopes lembrou que as circunstâncias do golpe têm sido amplamente questionadas, pois revelam incongruências difíceis de ignorar.

“Não foi apresentada qualquer justificação por parte dos rebeldes — como se denominam aqueles que atentam contra as instituições — para a deposição dos responsáveis agora afastados. Este silêncio é profundamente revelador”, concluiu.

Por: Redação
odemocratagb

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