sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

“DATA ANUNCIADA PARA O PROCESSO DE ATUALIZAÇÃO DO CADERNO ELEITORAL, NÃO FOI EXEQUÍVEL”, Gtape


O diretor-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) anunciou, esta sexta-feira que a data anunciada em dezembro último para o início do processo de actualização do caderno eleitoral, não foi exequível.

“A data anunciada não é exequível, porque antes de começar o processo de actualização há questões prévias que tem que ser verificada porque é obrigatório, e infelizmente nada foi feito relativamente à actualização [do processo eleitoral] ”, anunciou em conferência de imprensa, Gabriel Gibril Baldé que dirigiu o processo do último recenseamento eleitoral que conduziu o país às eleições legislativas de junho passado, ganhas pela Coligação PAI Terra-Ranka.

Baldé recentemente reconduzido nas funções do diretor-geral do GTAPE, após a formação do governo da Iniciativa Presidencial, diz que “os trabalhos prévios para a realização das atualizações não foram feitas”.

Contudo, o responsável assegurou que, "estamos a tentar acelerar para ver se é possível começar mesmo que não seja neste mês de janeiro mas, dentro destes meses, para que o processo possa ter lugar, mesmo tendo um mês a mais do previsto na lei”, diz acrescentando que “ não podemos ficar sem fazer atualização este ano, caso contrário estaremos a correr risco de desperdiçar muito dinheiro disponibilizado no último recenseamento em que anunciamos que será o último recenseamento de raiz, porque preparamos o caminho para começar o processo em janeiro, e se não for o caso, que aconteã este ano para salvaguardar e garantir a consolidação de base de dados”.

A lei eleitoral prevê o início do processo a nível do território nacional a 1 de janeiro e na diáspora no início de março, ou seja o processo segundo a lei eleitoral, é previsto ser realizado no primeiro trimestre do ano.

Mas com o atual cenário tudo indica que não vai acontecer, segundo o responsável, máximo do GTAPE, enquanto entidade responsável pela condução do processo eleitoral, é melhor conduzir o processo à margem da Lei Eleitoral, do que perder a base de dados.

Em dezembro último, o antigo diretor-geral do GTAPE, Rui Miranda Lima, previa o início do processo para 1º de janeiro a 29 de março, em todo o território nacional, assim como na diáspora.

Na altura, este responsável agora demitido das funções, anuncia a criação das condições técnicas e financeiras, para o início do processo o que seria pela primeira vez no país em que este consiga realizar a atualização do Caderno Eleitoral desde a abertura democrática nos anos de 1990.

Por: Braima Sigá / Nivaldina Neves Cá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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