A filha adolescente de um ativista do PAIGC raptada na terça-feira em Bissau foi encontrada abandonada pelos raptores e está a receber tratamento no Hospital Nacional Simão Mendes, anunciou hoje a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH).
"Depois da denúncia da LGDH, a vítima foi encontrada abandonada nas imediações do Estádio Lino Correia. Está a receber tratamentos médicos neste momento no Hospital Nacional Simão Mendes", pode ler-se numa mensagem enviada hoje à tarde à agência Lusa pela liga.
Segundo um comunicado anterior da LGDH, a jovem, de 19 anos, e filha de um ativista político do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na oposição, foi raptada pelas 19:00 de terça-feira no bairro militar onde fora arranjar o cabelo.
Os raptores utilizaram uma viatura preta de dupla cabine alegadamente afeta ao Ministério do Interior e, segundo o comunicado, estavam a exigir como condição da libertação da jovem a entrega do pai às autoridades nacionais.
Segundo os familiares da menina, que falaram com ela por iniciativa dos raptores, que queriam que soubessem das suas reivindicações, ela teria sido "submetida a tortura de várias naturezas".
A Guiné-Bissau tem sido palco nos últimos meses de episódios de violência, um dos quais ocorreu no início de maio quando o deputado Agnelo Regala, líder do União para a Mudança, foi vítima de um ataque junto à sua residência no centro de Bissau, tendo sido baleado numa perna na sequência de disparos feitos contra si.
Em 01 de fevereiro, um ataque contra o Palácio do Governo encanto decorria uma reunião do Conselho de Ministros, em que participavam o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, motivou o envio de uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que começou em maio a chegar ao país.
Conosaba/Lusa
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