sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

MINISTRO DA ENERGIA DA GUINÉ-BISSAU ADMITE DIFICULDADES EM FORNECER ENERGIA ÀS REGIÕES

 

Foto/Arquivo

O ministro da Energia e Recursos Naturais, Jorge Malú, admitiu esta quinta-feira, 07 de janeiro de 2021, que o executivo liderado por Nuno Gomes Nabiam está a deparar-se com “problemas sérios” em termos de fornecimento de energia elétrica às regiões.

Jorge Malú falava aos jornalistas após a sua interpelação pelos deputados da nação, na Assembleia Nacional Popular (ANP), sobre vários assuntos ligados aos recursos naturais e energia. Jorge Malú reconheceu que o preço aplicado aos clientes é muito elevado nas regiões, porque até ao  momento o executivo não conseguiu uniformizar o preçário.

Em relação à exportação de “Britas” da Guiné-Bissau para Gâmbia, Jorge Malú disse que existe um acordo a nível dos países da União Económica Monetário Oeste Africana (UEMOA) para exploração desse mineral, deixando entender que o acordo estabelece que “quando há escassez num dos países, pode recorrer aos países que têm stock suficiente”.

“Suspendemos as exportações feitas no passado por instrução do primeiro-ministro, mas agora decidimos retomar a exploração desse mineral para a construção da Avenida Macky Sall, Denis Sassou N’guesso e Muhammadu Buhari”, sublinhou.

Questionado sobre a demora no funcionamento da central elétrica de Buba, o ministro da Energia e Recursos Naturais informou que a Central elétrica de Buba é um projeto “muito ambicioso” que devia eletrificar toda a zona do sul do país, mas consume de 300 litros de combustível por hora, o que constituiria uma enorme despesa.

“Naquela zona não existem consumidores com capacidade para pagar eletricidade, por isso o atual governo está a procurar geradores correspondentes ao número de consumidores que estarão em condição de pagar a luz elétrica”, avançou.

O responsável da pasta de energia e recursos naturais frisou que a única solução encontrada para implementar nas centrais elétricas das regiões é a colocação de contadores pré-pagos para poder uniformizar o preçário, a nível.

Pela primeira vez Jorge Malú assume desconhecer a existência da assinatura de acordo de exploração de petróleo na zona conjunta entre a Guiné-Bissau e o Senegal e “ nem sei se alguém assinou esse acordo, por isso não vou  falar de um assunto de que não tenho conhecimento”.

“Se existe alguém que sabe do acordo, pode fornecer-nos a informação, porque estamos interessados em saber. Em nenhum momento, enquanto ministro dos recursos naturais, fui convidado para discutir eventual acordo que exista ao ponto de assiná-lo”, descartou.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A       

Conosaba/odemocratagb

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