domingo, 30 de novembro de 2025

Angola: Adalberto Costa Júnior reeleito para a presidência da UNITA

Adalberto da Costa Junior foi reeleito presidente da Unita, maior partido de oposição em Angola. © Francisco Paulo

Adalberto Costa Júnior foi reeleito hoje presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), obtendo 1.110 votos, o que representa 91% do total. O seu principal adversário, Rafael Massanga Savimbi, filho do líder fundador do partido, conquistou 110 votos, correspondendo a 9%.


Mais de mil delegados reelegeram neste domingo, 30 de Junho, Adalberto Costa Júnior, como presidente da União Nacional para Independência Total de Angola, UNITA, durante o 14 º Congreeso Ordinário, que encerrou hoje, em Luanda. O actual líder obteve 91% dos votos, enquanto Rafael Massanga Savimbi recebeu 9% dos votos.

Alcides Sakala, presidente da Comissão Eleitoral do 14 º Congresso Ordinário da União Nacional para Independência Total de Angola, anunciou os resultados que deram vitoria a Adalberto Costa Junior, como novo líder da oposição angolana, a UNITA.

“Candidato número 1, Rafael Massanga Sakaita Savimbi, com 110 votos, correspondente a 9%. Candidato número 2, Adalberto Costa Júnior, com 1.100 votos. Correspondente a 91%. Nestes termos, a Comissão Eleitoral do 14º Congresso Ordinário da UNITA, obedecendo aos Estatutos do Partido, declara vencedor o candidato Adalberto Costa Júnior”, anunciou o responsável.

Durante três dias, os cerca de mais de mil delegados abordaram a vida interna do partido, assim como calendarizam os programas, que guiar a organização até as eleições de 2027.

Por: Francisco Paulo
rfi.fr/pt/

Augusto Fernando Cabi e Alberto João Djata, foram nomeados para o cargo de Ministro do Turismo e Secretário de Estado do Orçamento, respetivamente.

Alberto João Djata
Augusto Fernando Cabi 



‎Golpe de estado: ECONOMISTA ALERTA QUE GUINÉ-BISSAU PRECISA URGENTEMENTE DE PAZ PARA RECONSTRUIR SISTEMA POLÍTICO INCLUSIVO


O economista guineense Carlos Lopes afirmou que, após tantos anos de instabilidade, a Guiné-Bissau precisa urgentemente de um período de paz para reconstruir um sistema político inclusivo, capaz de valorizar as diferenças e focado no desenvolvimento do país.

Professor universitário e antigo Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África, Lopes fez este alerta numa mensagem publicada no sábado, 29 de novembro de 2025, na sua página do Facebook, reagindo à situação do golpe de Estado na Guiné-Bissau e às detenções arbitrárias de personalidades políticas.

O especialista em desenvolvimento económico destacou que é importante recordar que várias figuras que hoje surgem na linha da frente das instituições resultantes desta ruptura desempenharam papéis centrais na recente campanha eleitoral.

“Torna-se difícil compreender que, durante todo o processo, não tenham identificado os problemas que agora denunciam com tanta veemência”, questionou.

Segundo Carlos Lopes, tudo indica que havia receio quanto aos resultados que estavam prestes a ser anunciados, após um processo eleitoral marcado pela falta de integridade.

O economista sublinhou que, apesar das tentativas de manipulação, não se conseguiu produzir o desfecho desejado.

Na sequência dos acontecimentos recentes, apelou de forma clara e inequívoca pela libertação imediata das 18 pessoas detidas após o golpe de Estado, por considerar que estas prisões representam uma violação grave dos direitos fundamentais.

“Estas detenções representam uma violação grave dos direitos fundamentais, nomeadamente da liberdade de expressão, e configuram um atentado à integridade física de cidadãos que apenas exerceram os seus direitos”, reforçou.

Lopes lembrou que as circunstâncias do golpe têm sido amplamente questionadas, pois revelam incongruências difíceis de ignorar.

“Não foi apresentada qualquer justificação por parte dos rebeldes — como se denominam aqueles que atentam contra as instituições — para a deposição dos responsáveis agora afastados. Este silêncio é profundamente revelador”, concluiu.

Por: Redação
odemocratagb

Guiné-Bissau:"A CEDEAO deve fazer cumprir a legitimidade das urnas"

Observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) durante as eleições gerais da Guiné-Bissau, em Mansoa, a 23 de Novembro de 2025. AFP - SAMBA BALDE

Foi nomeado neste sábado, 29 de Novembro, o novo Governo de transição da Guiné-Bissau, liderado por Ilídio Vieira Té, antigo ministro das Finanças do executivo deposto. O analista político guineense Rui Jorge Semedo, denuncia “a encenação golpista” e espera que a missão de alto nível da CEDEAO, que deve chegar ao país em breve, "faça cumprir a legitimidade das urnas".

Que comentário lhe merece este novo governo de transição?

É a confirmação dessa encenação golpista e que está fortemente ligado com as estratégias do ex-Presidente Umaro Sissoco Embaló para continuar a controlar o poder. A começar pelo primeiro-ministro Ilídio Vieira Té- que foi director de campanha do Sissoco Embaló- e alguns membros desse governo de transição, além de figuras também ligadas ao sector castrense. Portanto, isso na verdade, não é um governo legítimo. Como todos sabem, é um governo imposto que não cumpre com a legitimidade, nem com a vontade saída das urnas. Portanto, eu acho que os guineenses defensores da democracia e dos direitos humanos estão a acompanhar impávidos e serenos, convictos de que a situação será revertida. Obviamente com o esforço dos próprios guineenses, mas também com o apoio da comunidade internacional.

Este que esse governo simboliza a encenação em que os guineenses foram colocados desde o dia 26 de Novembro.

Um governo sem credibilidade?

Sem credibilidade e sem legitimidade. Acabamos de sair do processo eleitoral na votação do dia 23 de Novembro e os guineenses merecem ter um governo que não seja imposto pela vontade das armas, mas sim pela vontade popular. Eu acho que mais tarde ou mais cedo, os guineenses terão essa oportunidade de reverter esta situação vergonhosa e grave. Estamos perante um atentado grave contra a democracia.

Como é que vê esta nomeação do João Bernardo Vieira para a pasta dos Negócios Estrangeiros?

O João [Bernardo Vieira] sempre suportou as agendas autoritárias do Presidente Sissoco Embaló. Portanto, é um prémio que ganhou e está muito feliz, contente. Porém, é um prémio sem legitimidade. A meu ver, ele acabou por cometer um grande erro da sua vida. Porque sendo um político, formado na área do direito, talvez deveria ser o primeiro a defender a legitimidade democrática. Ele sabe quem ganhou as eleições. mas como o interesse dele, como outras figuras, é chegar sempre ao poder, então o importante é pensar em si e não no bem comum dos guineenses.

João Bernardo Vieira, enquanto responsável pela diplomacia, não terá nenhuma influência junto da comunidade internacional. Então, estamos diante de um governo de fachada e a contribuição de João Bernardo Vieira será insignificante, tanto ele como os restantes membros do executivo. Este governo -e as pessoas que ali estão, não tem pernas para andar.

CEDEAO adiou para segunda-feira a chegada a Bissau, o que é que se espera desta missão de alto nível?

Que faça cumprir a legitimidade das urnas. É o mínimo que se espera. Na verdade, chegámos onde chegámos pela cumplicidade da comunidade internacional. É preciso ser honesto e frontal. Umaro Sissoco Embalá e toda a sua equipa desrespeitarm a Constituição da República da Guiné-Bissau, acabarão com a legitimidade democrática arruinaram o Supremo Tribunal, o Parlamento e o Executivo. Durante todos esses anos, nenhuma governou sem considerar a questão da República. A comunidade internacional, com as suas representações aqui na Guiné-Bissau, nunca fiez nada; particularmente, a CEDEAO. Portanto, chegámos onde chegámos por desleixo da comunidade internacional e agora nós esperamos uma contribuição valiosa, não uma contribuição irresponsável, uma contribuição contundente para poder contornar esta situação.

Este novo executivo ou vai continuar a ser comandado por Umaro Sissoco Embaló a partir do Congo Brazzaville, como especula alguma imprensa guineense?

A própria classe castrense está a ser comandada por Umaro Sissoco Embaló. Quem deu as ordens para colocar o Domingos Simões Pereira na cadeia? E as outras pessoas? Então, se ele está a comandar os militares, porque não faria o mesmo com o executivo de transição? Outro grande erro da CEDEAO foi preocupar-se com Embaló, mesmo sabendo que foi ele quem fez toda essa encenação, então deveria estar num lugar seguro, onde as suas comunicações iriam ser controladas, mas lhe deixaram-no ir para um país onde também não se respeita o Estado de direito democrático. Então ele está à vontade para fazer e continuar a fazer aquilo que ele tem feito com o povo guineense.

A posição do antigo Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, e a do primeiro-ministro senegalês, Osman Sonko, que falaram em encenação de golpe de Estado na Guiné-Bissau, acha que pode mudar o xadrez político?

Acho que podem influenciar essas posições. Podem influenciar a percepção da comunidade internacional, relativamente ao que está a acontecer na Guiné-Bissau. Os guineenses gostaram muito da frontalidade e da transparência, mas sobretudo da coragem que estes dois dirigentes tiveram para denunciar o que está a acontecer na Guiné-Bissau. Portanto, esperamos que com estas duas declarações, estes dois posicionamentos, possam ter uma acção mais responsável, mais humana, perante aquilo que está a acontecer neste momento.

Aliás, de acordo com a imprensa senegalesa, foram mesmo as palavras do Ousmane Sonko que levaram à saída do país do Umaro Sissoco Embaló….

Também não duvido. Acho que deve ser isso mesmo, porque Sonko, com as suas declarações assumiu, que é um defensor da democracia e dos direitos humanos.

Mas que peso tem o Congo Brazzaville?

O Congo não e um Estado democrático. Denis Sassou-Nguesso, no poder há mais de duas décadas, é o modelo de Sissoco Embaló. Como também os outros ditadores que se espalham pelo continente africano. Sissoco Embaló revê-se no comportamento dessas pessoas para poder aplicar o mesmo na Guiné-Bissau. E foi o que ele fez durante todo esse tempo. Por isso, talvez o Congo é o melhor refúgio para ele, para continuar a comandar de longe os militares e os políticos e a açambarcar os nossos direitos.

Na sua opinião, qual é a solução para o país?

A solução é respeitar a vontade das urnas, permitindo que a CNE anuncie os resultados eleitorais. Ficou claro, para todos nós, que o vencedor foi o Fernando Dias da Costa. Deve-se permitir que o Fernando Dias da Costa assuma as suas responsabilidades e contribua para a reorganização e revitalização dos órgãos da soberania. Só assim, os guineenses poderão começar a sentir-se mais seguros e poderão sonhar com um amanhã [melhor].

Acredita que as actas eleitorais continuam intactas, longe das mãos dos militares?

Os homens da Comissão Executiva da CNE estão todos sob custódia dos militares, assim como alguns magistrados da Procuradoria-Geral da República que trabalharam no processo de fiscalização do processo eleitoral. Portanto, segundo algumas informações oficiais, os dados estão seguros. Esperemos que assim seja, para que se possa, quando se consiga fazer, reunir todas as condições, para que os resultados possam ser lidos e validados.

rfi.fr/pt

Os novos membros do Governo de Transição tomaram posse este sábado, 29 de novembro, no Palácio da República. Guiné-Bissau: Governo de transição tem 23 ministros, cinco militares e seis mulheres





sábado, 29 de novembro de 2025

São nomeados Membros do Governo de Transição - 29/11/2025

 








«DECRETO PRESIDENCIAL Nº 03/2025» O Governo de Transição, liderado por Ilídio Vieira Té, é composto por 23 ministérios e 5 secretarias de Estado

 




Guiné-Bissau: PAIGC denuncia invasão à sede do partido



Sede do PAIGC, Bissau. © Neidy Ribeiro

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) expressou este sábado, 29 de Novembro, profunda preocupação após a invasão ilegal da sede nacional em Bissau, por grupos milicianos fortemente armados. Em entrevista à RFI, Muniro Conté, porta-voz do PAIGC, afirma que o objectivo é “introduzir armamento na sede para depois acusarem o partido de tráfico de armas”.

Muniro Conté, porta-voz do PAIGC, explica que "houve uma invasão por um grupo de homens armados, supostamente de milícias, que invadiram a sede, expulsaram o pessoal e vandalizaram os gabinetes".

O porta-voz do PAIGC, afirma o objectivo é “introduzir armas na sede para depois acusarem o partido de tráfico de armas”.

"Há essa preocupação, por parte de toda a direcção superior do PAIGC, porque em tempos corriam rumores de que estavam a tentar infiltrar armamento na nossa sede, para depois serem avançadas acusações de que estaríamos envolvido num certo tráfico de armamento. O que não corresponde à verdade", garantiu.

O PAIGC considera, em comunicado, que a invasão um acto de intolerável agressão à ordem constitucional do país, uma afronta à liberdade política e um ataque directo às instituições democráticas da Guiné-Bissau.

“Este acto consubstancia uma manifesta e intolerável violação dos princípios estruturantes do Estado de Direito”, declarou o partido, sublinhando que invasão representa uma grave ameaça à estabilidade política e à autonomia dos partidos políticos no país.

Além disso, o partido fez questão de destacar que, como uma organização legalmente constituída e reconhecida, a destruição e ocupação forçada da sua sede configuram responsabilidades civis, criminais e políticas para todos os envolvidos, sejam eles os autores materiais ou morais.

“A usurpação das instalações de um partido político legítimo não pode ser tolerada e deve ser responsabilizada”, afirmam.

Muniro Conte acrescenta que "cabe aos responsáveis [pela transição do país] tomarem as medidas necessárias para repor a ordem e permitir que o nosso pessoal retome à sede, garantindo o funcionamento pleno da instituição".

Ainda no comunicado, o partido sugere que a acção pode fazer parte de uma tentativa de desestabilização política ou de um ataque direcionado à sua legitimidade.

“É preciso questionar qual seria o interesse dos invasores em atacar a sede de um partido que, neste momento, não participa activamente nas eleições”, sugerindo que poderia tratar-se de uma “encenação recorrente” para minar a influência do PAIGC na política nacional.

rfi.fr/pt/
 

CEDEAO adia chegada a Bissau em dia marcado por novos ataques armados



A delegação da CEDEAO, cuja chegada a Bissau estava prevista para hoje, adiou a deslocação para segunda-feira. © AFP - PATRICK MEINHARDT

A delegação da CEDEAO, cuja chegada a Bissau estava prevista para hoje, adiou a deslocação para segunda-feira. O anúncio surge no mesmo dia em que a capital guineense voltou a viver momentos de tensão, este sábado, 29 de Novembro, após ataques de homens armados às sedes dos partidos PAIGC e PRS.

A delegação da CEDEAO, que deveria chegar hoje a Bissau, adiou a sua deslocação para segunda-feira, 1 de Dezembro. O país aguarda a chegada da missão de alto nível ao país, composta pelos Presidentes do Senegal, Cabo Verde e Serra Leoa e Togo, para encontrarem uma solução para a crise política que se vive no país.

O anúncio surge no mesmo dia em que a capital guineense voltou a viver momentos de tensão, após ataques de homens armados às sedes dos partidos PAIGC e PRS.

De acordo com o relato da enviada especial da RFI a Bissau, uma dezena de militares permanecia posicionada em torno da sede do PAIGC, situada nas proximidades do Palácio Presidencial, onde a junta militar investiu esta sexta-feira o novo primeiro-ministro, Ilídio Té Vieira, director de campanha da coligação No Kumpu Guiné, que apoiou a candidatura do presidente deposto, Umaro Sissoco Embaló.

Segundo responsáveis do partido, homens armados invadiram as instalações pela manhã, expulsaram todas as pessoas presentes e vandalizaram vários espaços. O porta-voz do PAIGC, Muniro Conté, afirma que os quadros do partido estão “sob pressão” e denuncia a existência de um plano para introduzir material militar na sede, com o objetivo de fabricar falsas acusações.

A norte da capital, no bairro de Hafia, a sede do PRS foi igualmente alvo de ataques. A Liga dos Direitos Humanos confirmou o incidente e informou que gás lacrimogéneo foi lançado contra o edifício, obrigando à fuga de todos os que se encontravam no interior e arredores.

Um terceiro local foi também visado: o espaço de campanha do candidato Fernando Dias, apoiado pelo PAIGC. Enquanto o candidato continua escondido, o líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, permanece detido nas instalações do Ministério do Interior.

Repressão de manifestantes e clima de incerteza

O presidente da Liga dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, relata que cerca de uma dezena de jovens que tentaram manifestar-se em Bissau foi detida de forma violenta. Até ao momento, não há informações sobre o paradeiro dos detidos.

Por: Eva Massy

rfi.fr/pt/

Umaro Sissoco Embaló deixa Senegal após forte reação de Ousmane Sonko


Foto: arquivo
Umaro Sissoco Embaló, ex-Presidente da Guiné-Bissau, terá deixado Dakar, com destino a Congo Brazzaville, de acordo com informações divulgadas pelo Confidentiel Afrique.
Sissoco havia, inicialmente, buscado refúgio na capital senegalesa após ser implicado no que alguns descrevem como um "golpe de estado" com o apoio de aliados militares próximos, incluindo o General Horta Inta-a.
Segundo o Confidentiel Afrique, a decisão de Embaló de deixar o Senegal foi precipitada pelas declarações contundentes feitas pelo primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, na última sexta-feira, perante o Parlamento, nas quais ele descreveu a situação na Guiné-Bissau como uma série de "esquemas clandestinos".
Irritado com o tom intransigente do primeiro-ministro, o ex-Presidente teria pedido a seus interlocutores que facilitassem sua saída do território senegalês. O Confidentiel Afrique especifica que essa decisão ocorre em meio à intensa pressão política sobre a presença de Umaro Sissoco Embaló no Senegal, após várias horas de tensão diplomática.
Na Guiné-Bissau, espera-se a chegada, este sábado, de uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para ajudar a resolver a crise política no país.
Senenews

Ousmane Sonko acusa Embaló de encenar falso golpe de Estado na Guiné-Bissau

Ousmane Sonko expôs esta sexta-feira, na Assembleia Nacional, o essencial do seu pensamento sobre o que se passa na Guiné-Bissau. O chefe do Governo parece partilhar a mesma opinião daqueles que falam de um falso golpe de Estado, que teria sido orquestrado pelo presidente Embaló. «Li khew Guinée Bissau nieup kham nagnou né combine leu (Toda a gente sabe que o que se passou na Guiné é uma combinação)», afirmou o primeiro-ministro durante a sessão de perguntas de actualidade, esta sexta-feira, no hemiciclo.

Para Ousmane Sonko, o processo eleitoral deve ser retomado na Guiné-Bissau, levado até ao seu termo e os resultados da eleição devem ser proclamados. «Que a comissão diga quem ganhou e que aqueles que foram detidos, como Domingos Simões Pereira, que nem sequer era candidato mas foi preso e privado da medicação, sejam libertados. Quanto à CEDEAO, vocês sabem o que penso», declarou.
De relembrar que o Senegal resgatou ontem o ex presidente Guineense, Umaro Sissoco Embalo.

Seneweb

Semana marcada pela tomada de poder militar na Guiné-Bissau

General Horta Inta-A depois de ter sido empossado no dia 27 de Novembro de 2025. © AFP - PATRICK MEINHARDT

A tomada de poder por um Alto Comando Militar na Guiné-Bissau na véspera do anúncio dos resultados das eleições gerais de 23 de Novembro foi o tema que dominou esta Semana em África. Neste programa, olhamos também para a situação humanitária no norte de Moçambique, com 82 mil deslocados desde 11 de Novembro e relatos de fome. Destaque, ainda, na cultura para a bienal de dança Kinani, em Maputo, e para a morte de um ícone da música cabo-verdiana, Vasco Martins.

A semana foi dominada pela tomada de poder, na quarta-feira, pelos militares na Guiné-Bissau, logo depois das eleições gerais de domingo, 23 de Novembro. A junta militar empossou o general Horta Inta-A como “Presidente de transição” pelo período de um ano. Os militares anunciaram a suspensão do processo eleitoral na véspera da divulgação dos resultados das eleições, cuja vitória nas presidenciais é reivindicada por Fernando Dias da Costa, apoiado pelo PRS e pelo PAI Terra Ranka. O candidato, que escapou da detenção na quarta-feira ao contrário de outros líderes políticos como Domingos Simões Pereira, defende que o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, inventou um golpe de Estado porque teria perdido as eleiçoes. Esta sexta-feira, o general Horta Inta-A nomeou Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló, primeiro-ministro e ministro das Finanças.

Na quinta-feira à noite, o Ministério dos Negócios Estrangeiros senegalês anunciou que Umaro Sissoco Embaló foi para o Senegal a bordo de um avião fretado por este país e que estava “são e salvo”. Na quarta-feira, foi o próprio Embaló que informou a revista francesa Jeune Afrique que teria havido “um golpe de Estado” no país. Porém, a oposição e muitos activistas denunciam tratar-se de uma encenação montada pelo próprio Presidente cessante para impedir a divulgação dos resultados eleitorais. Foi o que nos contou também Domingos Simões Pereira, na quarta-feira, antes de ser detido e levado para a Segunda Esquadra.

As condenações à tomada do poder pelos militares e à interrupção do processo eleitoral foram várias, desde a CEDEAO, a União Africana, a CPLP, a União Europeia e a própria ONU pela voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. A CEDEAO criou um comité de mediação que se vai deslocar a Bissau, do qual faz parte o Presidente cabo-verdiano José Maria Neves. 

A União Africana suspendeu, na sexta-feira, a Guiné-Bissau da organização.

rfi.fr/pt

CEDEAO CONDENA O GOLPE DE ESTADO E APELA À RESTAURAÇÃO “IMEDIATA” DA ORDEM CONSTITUCIONAL NA GUINÉ -BISSAU

O Conselho de Mediação e Segurança a dos chefes de Estado e do governo sobre a situação da Guiné -Bissau (CMS) manifestou a sua “profunda apreensão” com a crise política que se desenrola na Guiné-Bissau, especialmente num momento em que os guineenses demonstraram a resiliência e o compromisso com a democracia ao participarem ativamente nas eleições presidenciais e parlamentares realizadas a 23 de novembro de 2025.

‎O CMS apelou, no comunicado distribuído à imprensa, à “restauração incondicional” e imediata da ‎ordem constitucional e rejeitou quaisquer acordos que perpetuem ‘o aborto ‎ilegal” do processo democrático e “a subversão” da vontade do povo da Guiné-Bissau.

‎O Conselho de Mediação e Segurança dos chefes de Estado e do governo sobre a situação da Guiné -Bissau, liderado por Julius Maada BIO, Presidente da República da Serra Leoa e o Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO- Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental reuniu-se na quinta-feira, 27 de novembro, virtualmente, a nível de Chefes de Estado e de Governo para analisar a situação na Guiné-Bissau.

‎O encontro virtual reuniu os Presidentes José Maria Pereira Neves, Presidente de Cabo Verde, John MAHAMA, Presidente do Gana, Joseph N. BOAKAI, Presidente da Libéria, Bola Ahmed TINUBU, Presidente da República Federal da ‎Nigéria, Bassirou Diomaye FAYE, Presidente do Senegal, Julius Maada BIO, Presidente da da Serra Leoa, Tiemoko Meyliet KONE, Vice-Presidente da República da Cote d’Ivoire, Olushegun Adjadi BAKARI, ministro dos Negócios Estrangeiros da República do Benim, Sering Modou NJIE, ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e de gambianos na Diáspora, da República da Gâmbia, Yackoley Kokou JOHNSON, ministro de Estado responsável pela Cooperação e Togoleses na Diáspora, da República Togolesa.

‎Estiveram na reunião, Omar Alieu TOURAY, Presidente da Comissão da CEDEAO, Mahmoud Ali YOUSSOUF, Presidente da Comissão da União Africana, Leonardo Santos SIMÃO, Representante Especial do Secretário-Geral da ONU e Chefe da UNOWAS, Carlos Pinto Pereira, ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e Comunidades, da República da Guiné-Bissau, Baba KAMARA, Enviado Especial para a Luta contra o Terrorismo e Chefe da Missão de Observação Eleitoral da CEDEAO na Guiné-Bissau.

O CMS exigiu que os líderes do golpe respeitem a vontade do povo e permitam que a Comissão Eleitoral Nacional proceda à declaração dos resultados das eleições de 23 de novembro de 2025, bem como à libertação “ imediata” e “incondicional” de todos os funcionários detidos, particularmente o Presidente Umaro Sissoco Embalo (que já aconteceu), bem como os funcionários eleitorais e todas as outras figuras políticas.

‎”O CMS responsabiliza os líderes do golpe, tanto individual como ‎coletivamente, pela proteção da vida e da propriedade de todos os ‎cidadãos e residentes da Guiné-Bissau e pela segurança e proteção de todos os detidos. Apela aos líderes do golpe para que garantam a segurança e facilitem a evacuação e a passagem segura de todos os observadores eleitorais da CEDEAO”, pode ler-se no comunicado.

‎Na sequência dessa reunião, o CMS decidiu, em conformidade com as disposições do Protocolo da CEDEAO sobre Democracia e Boa Governação No 2001 (A/SP/12/01),suspender a Guiné-Bissau de todas as instâncias decisórias da CEDEAO até que a ordem constitucional plena e efetiva no país seja restabelecida e encarregou o Presidente da Conferência de liderar uma Missão de Mediação de Alto Nível à Guiné-Bissau para dialogar com os líderes do golpe, com vista a garantir o pleno restabelecimento da ordem constitucional.

‎A missão deverá incluir Faure Gnassingbe, Presidente do Conselho do Togo, José Maria Pereira Neves, Presidente de Cabo Verde e Sua Excia Bassirou Diomaye Faye, Presidente do Senegal, acompanhados pelo Presidente da Comissão.

‎O CMS insta às Forças Armadas da Guiné-Bissau a regressarem aos quartéis e a manterem o seu papel constitucional e ordenou à Missão de Apoio à Estabilização da CEDEAO na Guiné-Bissau (ESSMGB) que continue a ajudar a proteger as instituições da Guiné-Bissau.

‎Finalmente, anunciou que vai continuar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau e reserva-se ao direito de utilizar todas as opções previstas no Protocolo Adicional da CEDEAO sobre Democracia e Boa Governação de 2001 e nos Atos Adicionais de 2012 sobre Sanções, incluindo sanções contra todas as entidades consideradas culpadas pela perturbação do processo eleitoral e democrático na Guiné-Bissau.

‎Por: Filomeno Sambú
odemocratagb.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

União Africana suspende Guiné-Bissau "com efeitos imediatos"

 

A União Africana anunciou esta sexta-feira a suspensão da Guiné-Bissau dos seus órgãos na sexta-feira, dois dias depois da deposição do Presidente Umaro Sissoco Embaló e da tomada do poder pelos militares.

A informação foi avançada pelo presidente da Comissão da União Africana, Mahamoud Ali Youssouf, à agência France Presse.

Na quarta-feira, os militares anunciaram a deposição de Embaló e a suspensão das eleições presidenciais e legislativas que decorreram a 23 de novembro. Os resultados eram esperados em breve no país lusófono.

No dia seguinte, o general Horta Inta-A foi empossado como presidente de transição, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças 

Armadas. E também na quinta-feira, o presidente deposto chegou "são e salvo" ao Senegal a bordo de um voo especial.

"Uma combinação"

O primeiro-ministro senegalês, Ousmane Sonko, considerou esta sexta-feira que o golpe de Estado na Guiné-Bissau foi uma "combinação". Em declarações transmitidas pela televisão online Senego, citadas pela agência Lusa, o chefe de Governo senegalês respondeu às questões dos deputados sobre os recentes acontecimentos no país vizinho e a chegada e Embaló a Dacar.

"No que diz respeito à Guiné-Bissau, não me vou alongar porque essa questão é da competência do Presidente da República (...), mas posso afirmar claramente que foi uma combinação", afirmou Ousmane Sonko, acrescentando que a situação "não é normal".

Apelou ainda à libertação de Domingos Simões Pereira, opositor do presidente deposto: "Que o libertem o mais rapidamente possível"

Com a tomada de poder pelo Exército, foram proibidas "todas as manifestações, marchas, greves ou ações que perturbem a paz e a estabilidade no país" a partir de quarta-feira. No entanto, o recolher obrigatório noturno que tinha sido imposto foi levantado.

10 de Dezembro de 2025 - Data limite para as candidaturas ao Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa

 

Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Candidaturas até 10 de dezembro de 2025

As candidaturas para a décima primeira edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa estão a decorrer até ao dia 10 de dezembro de 2025Ainda vai a tempo de concorrer!

 

O Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa tem como objetivo estimular a produção de obras literárias, nos domínios da prosa de ficção (romance, novela, conto e crónica) e da poesia, em língua portuguesa, por escritores que nunca tenham publicado, a título individual, uma obra literária.

 

São admitidas candidaturas de concorrentes que sejam pessoas singulares, de qualquer nacionalidade, fluentes na língua portuguesa, com idade não inferior a 16 anos. No caso dos menores de 18 anos, a atribuição de prémios ficará sujeita à entrega de declaração de aceitação pelos respetivos titulares do poder paternal.

 

A participação na presente iniciativa deverá ser feita até às 23h59 do dia 10-12-2025, por correio eletrónico, para o endereço premioliterario@uccla.pt nos termos previstos no Regulamento.

 

Este prémio foi criado em 2015, juntamente com o Movimento 2014 - 800 Anos da Língua Portuguesa. Desde 2020, conta com duas parcerias fundamentais: a Editora Guerra e Paz, responsável pela edição da obra vencedora, e a Câmara Municipal de Lisboa, que assegura o apoio financeiro no valor de 3.000,00 € e organiza a apresentação pública do/a vencedor/a no Festival Literário de Lisboa - 5L. O prémio conta ainda com o apoio institucional da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa (CTPDLP) dos Observadores Consultivos da CPLP.

 

Regulamento, Declaração de Conformidade (Anexo 1) e Regras relativas à edição da obra premiada (Anexo 2) - https://www.uccla.pt/sites/default/files/2025-08/Regulamento-Premio-Literario_2025-2026.pdf

 

 

Com os melhores cumprimentos,

 

 


Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt 

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Ilídio Vieira Té, Ministro das Finanças de Sissoco Embaló é o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau



Militares no poder escolheram homem de confiança de Umaro Sissoco Embaló, exilado no Senegal depois do golpe de Estado e diretor de campanha do ex-Presidente para primeiro-ministro.







O Presidente de Transição da Guiné-Bissau, Horta Inta-a, nomeou nesta sexta-feira, 28 de novembro de 2025, Ilídio Vieira Té como Primeiro-Ministro.

Segundo o Decreto Presidencial n.º 2/2025, o General Inta-a, no uso das suas atribuições e competências, decidiu nomear Ilídio Vieira Té como chefe do Governo, acumulando também a pasta do Ministério das Finanças.

Vieira Té é considerado uma figura próxima do Presidente deposto, Umaro Sissoco Embaló, e foi diretor de campanha eleitoral da Plataforma Presidencial que disputou as eleições legislativas de 23 de novembro.

Quem é o novo Primeiro-Ministro?

Ilídio Vieira Té nasceu em 5 de maio de 1983. É licenciado em Direito Público (2007) e mestre em Direitos Humanos Interculturais e Desenvolvimento pela Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha (Espanha), desde 2009.

Dirigente do PRS, foi eleito deputado da Nação pela primeira vez nesta 11ª legislatura, na lista dos Renovadores. Ocupou diversos cargos na Administração Pública, incluindo: Diretor de Serviço da Organização Administrativa do Ministério da Função Pública; Diretor de Gabinete do Ministro da Função Pública, Trabalho e Segurança Social; Secretário-Geral do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Reforma Administrativa (2018-2019).

Foi também Secretário de Estado do Tesouro e, posteriormente, Ministro das Finanças, após a saída de Alage Mamadu Fadia. Voltou a assumir a pasta das Finanças nos governos de Rui de Barros e Braima Camará.

Por: Assana Sambú
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"Hostil". Embaló culpa Portugal por golpe de Estado na Guiné-Bissau


O presidente deposto da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou em entrevista a um canal africano que lamenta que Portugal tenha um comportamento hostil, sempre que o seu líder se chame "Mamadou, Omar ou Ibrahim"

Opresidente destituído da Guiné-Bissau afirmou, em entrevista ao canal 1Africa TV, que Portugal tem culpa no golpe de Estado ocorrido esta quarta-feira.

Umaro Sissoco Embaló, que aterrou na quinta-feira à noite ao Dakar num avião fretado pelo Governo do Senegal, acusou Portugal de um comportamento hostil."Sempre que há um presidente muçulmano na Guiné-Bissau, Portugal é muito hostil", acusou, num momento que é possível ver num excerto da entrevista partilhada no Facebook do canal africano.

Embaló lamenta, na mesma entrevista, esta hostilidade, dando conta que "60% da população" do seu país é muçulmana, mas reforça que sempre que o presidente do país se chama "Mamadou, Omar ou Ibrahim", as relações com o nosso país alteram-se.

As suas declarações contradizem com aquela que foi mensagem transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa que afirmou anteriormente ter entrado em contacto o seu homólogo guineense, que lhe disse estar bem de saúde e teve uma "reação agradecida, positiva e simpática".
Criticas a Portugal não são novas

As últimas horas na Guiné-Bissau foram marcadas por críticas, que sublinham a inação por parte da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), mas também de Portugal, da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e da própria União Africana (UA).

Tanto a CPLP, como a CEDEAO, marcaram de imediato reuniões de emergência para debater os últimos acontecimentos e tomar uma posição e o presidente da missão de observação eleitoral da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, o ex-presidente moçambicano Filipe Nyusi, disse que o ambiente no país estava calmo, mas com "alguma timidez na movimentação da população".

Por seu lado a União Europeia disse estar a acompanhar "com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau", e pediu o "regresso célere à ordem constitucional" do país e contenção para evitar mais violência.
O Golpe de Estado

A entrevista surge depois um grupo de militares ter anunciado na quarta-feira ter tomado o poder na Guiné-Bissau e deposto o presidente, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do presidente, Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

A ação dos militares visou, segundo descrevem, estancar "uma ameaça crescente que podia por em causa a democracia e a estabilidade política do Estado guineense", explicou, referindo-se a "uma ameaça portadora de ingerência do Estado, de desordem pública e da própria desintegração das instituições do Estado de direito democrático, ameaça essa que era preciso prevenir e travar".

Este foi o 10.º golpe de Estado no continente africano desde 2020. Os governos da Guiné-Conacri, do Sudão, do Níger, do Gabão e de Madagáscar sofreram um golpe de Estado nos últimos cinco anos, enquanto os do Mali e do Burkina Faso tiveram esse desfecho por duas vezes.

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