A empresa Cetis, responsável pela impressão das cartas de condução na Guiné-Bissau, alertou para a vulnerabilidade dos documentos emitidos no país.
O alerta foi feito esta quarta-feira, em Bissau, pelo advogado da empresa, numa conferência de imprensa convocada para reagir às acusações do diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres, que responsabiliza a Cetis pela apreensão de um cidadão guineense na posse de uma carta de condução falsificada.
Em resposta, o advogado Paulino Mendes rejeitou as acusações, sublinhando que a segurança dos documentos é da responsabilidade do Estado Guineense e não da empresa prestadora de serviço.
Paulino Mendes desafiou ainda o atual diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres a reforçar os mecanismos de segurança, alertando que os falsificadores continuam a explorar falhas, que colocam em risco a credibilidade das cartas de condução nacionais.
"Já tínhamos alertado o Estado sobre a vulnerabilidade das cartas de condução no país, destacando a necessidade urgente de colmatar as falhas existentes. Infelizmente, essas fragilidades continuam a ser aproveitadas por malfeitores, colocando em causa a credibilidade do documento. Apesar de várias tentativas no sentido de corrigir esta situação, não sabemos se, devido às sucessivas mudanças de governo, não tem havido tempo suficiente para analisar devidamente estes dossiês o que lamentamos profundamente."
A Cetis é uma empresa internacional especializada na impressão de documentos oficiais de alta segurança, com presença em 29 países, onde fornece passaportes, cartas de condução e outros documentos de identificação.
RSM.15.10.2025
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