quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Eleições 2025: Jornalistas Guineenses Recebem Formação em Verificação de Factos e Uso de Inteligência Artificial

Bissau, 30 de outubro de 2025 - Mais de 20 jornalistas guineenses participam, a partir desta quinta-feira, numa formação de três dias sobre verificação de factos, uso de ferramentas digitais e inteligência artificial, promovida pelo Consórcio Mídia, Inovação e Comunicação Social (CMICS). A iniciativa visa reforçar a atuação dos profissionais de imprensa com isenção, rigor e profissionalismo durante o período eleitoral.
Na abertura do ateliê, o presidente do Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS), Domingos Meta Camará, apelou aos jornalistas para privilegiarem a verdade e o equilíbrio na cobertura das eleições.
“Estamos num período sensível, o período eleitoral, em que todas as informações devem ser tratadas com cuidado e isenção. Por isso, aconselho os jornalistas a pautarem pela verdade, procurando sempre informações fidedignas, com competência e honestidade”, afirmou.
Meta Camará encorajou ainda os profissionais e os órgãos de comunicação a recusarem ser instrumentos de discursos de ódio, violência, discriminação ou intolerância religiosa, étnica e de género.
Por sua vez, o gestor do CMICS, Demba Sanhá, destacou que a iniciativa pretende ir além do contexto eleitoral, com o objetivo de criar uma Rede Nacional de Verificadores de Informações.
“Desde 2023 temos promovido formações nesta área. O nosso objetivo não se limita ao período eleitoral: queremos dotar os jornalistas de ferramentas para verificar tanto informações factuais como conteúdos artificiais, assegurando que o público guineense receba informações sérias, credíveis e livres de falsidades”, explicou.
A consultora da UNESCO para a Guiné-Bissau, Carmelita Pires, salientou que o combate à desinformação é também uma forma de promover a paz e fortalecer a confiança nas instituições.
“Combater a desinformação é promover a paz e a credibilidade institucional. É essencial reforçar a Plataforma Nacional de Verificação de Factos, dotando-a de meios e competências, e criar uma rede nacional de verificadores e monitores do discurso de ódio, ativa antes, durante e depois das eleições”, defendeu.

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