terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Repressão e mortes de manifestantes no Senegal: ONU pede inquérito independente


Manifestantes chocam com a policia em Dakar, Senegal, a 9 de Fevereiro de 2024, aquando de protestos contra o inesperado adiamento das eleições presidenciais. © AFP / GUY PETERSON

Dakar/Senegal – Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos está preocupado com a situação no Senegal, onde as eleições presidenciais foram inesperadamente adiadas por iniciativa do Presidente Macky Sall.

O Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), disse na terça-feira estar “profundamente preocupado” com a grave crise política no Senegal, gerada pelo anúncio do adiamento das eleições presidenciais, denunciando um “recurso inútil e desproporcional à força contra os manifestantes e, crescentes restrições do espaço cívico”.

Segundo declarações da porta-voz da ACNUDH, Liz Throssell, durante uma conferência de imprensa em Genebra: "Pelo menos três homens jovens foram mortos durante as manifestações que até aqui ocorreram e, foram detidas pelo menos 266 pessoas em todo o país, incluindo jornalistas."

A mesma porta-voz acrescentou que: "Devem ser rapidamente conduzidos inquéritos aprofundados e independentes e, os responsáveis têm de prestar contas."

Soube-se por outro lado que a internet móvel foi suspensa no Senegal esta terça-feira, num dia em que estava prevista uma manifestação mas que, foi entretanto proibida pela segunda vez desde o início desta crise política, pelas autoridades governamentais.

O governo do Senegal justificou tal proibição por via de um comunicado do Ministério das Telecomunicações e do Digital, dizendo que “Devido às mensagens de ódio de carácter subversivo, que já provocaram manifestações violentas, a internet móvel de dados foi suspensa nesta terça-feira 13 de Fevereiro”.

Conosaba/rfi.fr/pt/

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