Gabriel Attal (à direita) e a sua antecessora, Elisabeth Borne, em Paris aquando da passagem de testemunho da pasta de primeiro-ministro da França a 9 d Janeiro de 2024. AFP - LUDOVIC MARIN
Paris – Gabriel Attal tomou posse a 9 de Janeiro de 2024 em Paris, como novo primeiro-ministro da França, sucedendo a Elisabeth Borne. O até agora ministro da educação fez questão em colocar a escola, precisamente, como grande prioridade do executivo e realçou o facto de ser o primeiro-ministro mais jovem do país, nomeado pelo mais jovem dos presidentes, Emmanuel Macron.
O novo primeiro-ministro francês prometeu reunir as forças vivas do país ainda esta semana na sua primeira alocução, durante a passagem de testemunho com a sua antecessora, Elisabeth Borne.
Acerca da sua juventude e da do presidente, respectivamente, mais jovem primeiro-ministro e chefe de Estado, respectivamente, da França, Gabriel Attal vê nisso um símbolo de audácia.
O mais jovem presidente da república da História nomeia o mais jovem primeiro-ministro da História.
Há um único símbolo que quero ver aí: o da audácia e do movimento !
O símbolo também e, sobretudo, da confiança atribuída à juventude !
Esta geração que merece que batalhemos por ela, sem contar !
Nestes últimos meses consagrei toda a minha energia a procurar voltar a dar esperança a esta geração e respectivos pais, trabalhando em prol da escola da república.
Digo-vos, desde já, que trago para aqui a causa da escola ! Reafirmo a escola como sendo a mãe das nossas batalhas. Aquela que deve constar no centro das nossas prioridades e a quem darei, como primeiro-ministro, todos os meios necessários para o respectivo sucesso.
Ela será uma das minhas prioridades absolutas na minha acção na liderança do governo.
Ministro da educação desde Julho de 2023, e, anteriormente, porta-voz do governo Gabriel Attal, de apenas 34 anos, tinha chegado ao governo em 2018. Ele seria, de forma inédita, o primeiro homossexual a assumir o cargo de primeiro-ministro em França.
Segundo sondagens ele ter-se-ia tornado na personalidade mais popular do governo e da maioria, um em cada dois franceses teria confiança na sua pessoa.
Emmanuel Macron cumpre o seu segundo mandato presidencial e não se pode voltar a candidatar ao cargo. Ainda por cima ele dispõe, apenas, de uma maioria relativa no parlamento. Em ano de eleições europeias e a três anos do fim do mandato presidencial o inquilino do Eliseu debate-se também com uma subida da extrema direita.
Gabriel Attal é tido como sendo um adepto de Macron desde o início. Ele fez questão em elogiar a sua antecessora no cargo, Elisabeth Borne, e em agradecer a sua nomeação ao seu mentor, o presidente francês.
Por: Miguel Martins
Conosaba/rfi.fr/pt
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